A Câmara Municipal de Cuiabá deve criar nesta semana, uma comissão de três vereadores, liderada pelo vereador Dilemário Alencar (PTB) para acompanhar no Rio de Janeiro, no próximo dia 12, o leilão da CAB Ambiental, braço da Galvão Engenharia e empresa líder da CAB Cuiabá que detém a concessão da exploração de água e esgoto da capital de Mato Grosso.
“Vou formalizar oficialmente ao presidente da Casa, vereador Júlio Pinheiro (PTB) que também defende uma solução para a questão dos precários serviços de água e esgoto e ao Plenário das Deliberações para que todos os vereadores participem a formação de uma comissão para acompanhar o leilão da CAB Ambiental que é proprietária da CAB Cuiabá e que é uma das poucas empresas do Grupo Galvão Engenharia que não está em recuperação judicial”, disse Dilemário Alencar.
O parlamentar sinalizou que a decisão do prefeito Mauro Mendes em notificar o juiz Fernando César Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Fórum Central da Comarca do Rio de Janeiro, lhe parece um arrependimento por não ter adotado as medidas necessárias contra a CAB Cuiabá.
“Faz três anos que a CAB assumiu os serviços de água e esgoto e neste tempo todo ela só liderou o ranking de reclamações do Procon por falta de atendimento e pelos custos nas contas de água e a administração municipal nada fez”, disse Dilemário Alencar sinalizando os inúmeros pedidos de informações e convocação de diretores da CAB para prestar esclarecimentos aos vereadores.
Dilemário Alencar considerou importante neste momento a postura do Executivo Municipal, mas lembrou de estar o prefeito Mauro Mendes três anos atrasados, já que nada fez em 2013, 2014 e 2015.
No ofício endereçado a Justiça do Rio de Janeiro onde tramita o pedido de recuperação judicial do Grupo Galvão Engenharia, proprietário da CAB Ambiental e da CAB Cuiabá, o prefeito Mauro Mendes informa que a alteração do controle acionário da concessionária dos serviços de água e esgoto da capital de Mato Grosso, deverá ser previamente submetida à avaliação e anuência (permissão) do poder Concedente, no caso o Município, sob o risco de caducidade, ou perda de validade, do contrato de concessão.
O parlamentar reconheceu que faltou a Câmara Municipal no mandato concluído em 2012 um maior e melhor acompanhamento do processo de concessão, mas isto poderá ser corrigido agora, principalmente se houve comprador, pois ninguém investirá mais de R$ 500 milhões em uma empresa que não seja viável.
Fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=481923