Gravataí decide em até 60 dias se rescinde contrato com a Corsan

Por Mateus Ferraz

Uma cratera se formou uma rua do Bairro Oriçó, em Gravataí, após a ruptura de uma adutora da Corsan na manhã de hoje (14/1). O caso já ocorreu outras vezes no próprio bairro e em outras regiões da cidade. O fato, aliado a cortes no abastecimento e reparos mal feitos no pavimento após obras, fará com que a prefeitura analise se manterá o contrato de prestação de serviço com a Companhia.

“Espero que em 30, mas no máximo em 60 dias teremos uma definição”, afirma o prefeito de Gravataí, Marco Alba (PMDB), relatando que o grupo técnico de trabalho será formado pelo Gabinete do Prefeito, a Procuradoria-Geral e a Secretaria-Geral do Município.

Segundo Alba, a Corsan foi notificada oito vezes no último ano, mas o atendimento continua comprometido. O prefeito já esteve à frente da Companhia, há sete anos, e, segundo ele, foram realizadas diversas obras para qualificar o abastecimento na cidade. No entanto, ele admite que há dificuldades, que são estruturais e históricas, que atrapalham a agilidade das iniciativas.

A Corsan afirma que não recebeu nenhum tipo de comunicado relativo à ruptura de contrato e, por isso, não irá se manifestar. Quanto aos problemas no serviço, eles são classificados como pontuais.

“Tivemos problemas em algumas regiões, mas eles foram bem menores em comparação ao verão do ano passado, muito devido aos investimentos”, relata o superintende regional, Alexandre Andriola.

Moradores

A ruptura de rede que ocorreu nesta quarta-feira (14/1) na Rua Adib Teixeira Chedid deixou sem água, além da região do Bairro Oriçó, os Bairros Auxiliadora, Nova Conquista, Rincão da Madalena, Esperança e Condomínio do Lago. O conserto deve ser finalizado por volta das 18h. Já o abastecimento será normalizado durante a noite.

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Ao ver a casa invadida pela água, o aposentado Eliseu Colombo tentou conter o alagamento. No entanto, com o piso escorregadio, acabou caindo.

“Eu levantei da cama e fui colocar uns tijolos para tentar conter a água. Mas como já tinha barro, resvalei e caí de costas. Não quebrei nada, mas vou ficar de molho até sexta-feira”, conta.

Recorrência

Em 13/10, uma adutora se rompeu no Bairro Morada do Vale I, alagando diversas casas e uma creche. Na ocasião, a instituição teve que fechar as portas por várias semanas devido à perda de alimentos, de equipamentos eletrônicos e de materiais didáticos.

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