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Há riscos de faltar água em Minas Gerais

“O país, especialmente a região Sudeste, enfrenta momento histórico de estiagem e a possibilidade, mesmo que remota, de ocorrer desabastecimento de água no Estado é preocupante”, afirmou ontem o presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Ricardo Simões.

Segundo ele, o nível dos reservatórios que integram os sistemas de abastecimento do Estado está muito abaixo do esperado para essa época do ano. A represa de Três Marias (região Central), por exemplo, opera com menos de 10% da capacidade. O lago de Furnas (Sul de Minas), o maior do Estado, está hoje com nível próximo a 20%; e Camargos (também no Sul de Minas) está com menos de 12% da capacidade do reservatório.

“Estamos em estado de alerta com a situação em diversos pontos de abastecimento. O rio Verde, em Varginha (Sul de Minas), por exemplo, está com a menor vazão já registrada, o que exige nossa atenção. No entanto, hoje não temos nenhum problema forte de desabastecimento”, revelou Simões em entrevista concedida durante a “25º Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente” (Fenasan), realizada em São Paulo.

Apesar da preocupação, conforme o presidente da Copasa, no momento não há motivos para alarde, principalmente pela proximidade do período de chuvas. “Não temos problemas de abastecimento em Minas em função da estiagem. Apenas em Pará de Minas (região Central) há falta d”água, mas isso acontece por problemas relacionados à renovação do contrato de concessão e não por falta de abastecimento. Nossas ações até aqui conseguiram garantir o abastecimento do Estado”, observou.

Simões disse ainda que, conforme as previsões climáticas, é provável que este ano o período chuvoso comece um pouco mais cedo, a partir de setembro. “Mas a Copasa trabalha com a previsão normal de que as chuvas comecem em outubro, novembro. Caso ocorra como esperado, em breve estaremos normalizando a situação”.

Agravamento – Caso contrário, complementa o executivo, a situação tende a se agravar. “Não temos como prever isso hoje, mas caso o período de estiagem permaneça, em dois anos teremos sérios comprometimentos no abastecimento em Minas”, alertou.

Embora a falta d”água ainda não bata na porta do Estado, Simões revela que outros setores importantes para a economia mineira estão sendo impactados, em especial o energético.

“Mesmo com a economia desacelerada, o setor energético sofre com os impactos da estiagem. As termelétricas, que deveriam ter sido desligadas, ainda operam a toda carga. Isso encarece o preço da energia e prejudica a indústria como um todo. Os prejuízos são grandes. A estiagem não deixa ninguém tranqüilo”, ressaltou.

Fonte e Agradecimentos: http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?id=138986

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