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Mauá adia prazo para ampliação de tratamento de esgoto

A ampliação do tratamento de esgoto em Mauá vai ocorrer em ritmo mais lento do que o previsto anteriormente pela Odebrecht Ambiental, empresa responsável pelo serviço na cidade. A meta de tratar 100% do esgoto coletado, prometida anteriormente pela própria companhia para 2016, ficou para o ano que vem.

Nesta quinta-feira (17) a empresa abriu as portas da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mauá para uma visita monitorada, que o RD acompanhou. O funcionamento da unidade levou o município a ampliar o índice de tratamento de 5% para os atuais 50%, reduzindo de forma significativa a quantidade de dejetos despejados in natura no rio Tamanduateí.

A mudança de cronograma ocorreu devido a testes que foram realizados no primeiro semestre do ano passado na ETE, com o objetivo de garantir o funcionamento adequado da Estação de Tratamento de Esgoto. A unidade foi inaugurada em dezembro de 2014 e começou a operar em maio de 2015.

De acordo com a Odebrecht Ambiental, a ETE Mauá conta com três tanques de tratamento que medem 86 metros de comprimento por 36 metros de largura e seis metros de altura, comportando, cada um, 19.700 metros cúbicos. Cada tanque possui capacidade para tratar uma vazão de 375 litros por segundo de esgoto, totalizando 1.125 litros por segundo.

A maior parte do esgoto tratado vai para o rio Tamanduateí ao final do processo. Uma parcela é destinada a virar água de reuso, que é utilizada em atividades de limpeza na própria Estação de Tratamento.

Sabesp

O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), participou da visita monitorada à ETE e comentou as negociações com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) sobre a dívida que o município tem com a empresa.

O acordo entre as partes, que chegou a estar próximo, ficou mais distante nesta semana, com a sinalização da Sabesp de que não aceitaria as condições propostas por Mauá.

“Não houve concordância com a Sabesp, por isso retomamos a PPP que havíamos suspendido. Não posso ficar com as mãos atadas”, explica o prefeito. “Creio que a Sabesp está sem condições financeiras de fazer os investimentos necessários”, acredita.

Para resolver a dívida que a cidade tem com a companhia estadual – de cerca de R$ 1,8 bilhão -, Donisete Braga (PT) tentava garantir a entrega do serviço de distribuição de água para a Sabesp. Mas as condições apresentadas pelo município não agradaram a empresa e a negociação travou.

O prefeito de Mauá queria garantir o perdão da dívida e ainda exigia que a Sabesp fizesse investimento de R$ 153 milhões na rede de distribuição de água. Além disso, a empresa estadual não atuaria no tratamento de esgoto, que é responsabilidade da Odebrecht Ambiental.

A Sabesp colocou os prós e contras no papel e conclui que não valia a pena atuar em Mauá. Desta forma, a estratégia da companhia estadual deve ser continuar a cobrar a dívida bilionária e seguir utilizando de todos os meios possíveis para barrar o andamento da PPP (Parceria Público-Privada).

O certame caminha para entregar para a Odebrecht Ambiental a distribuição de água da cidade, já que a empresa privada foi a única a apresentar proposta.

Fonte: RD
Imagem: Odebrecht Ambiental

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