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Perda de água tratada em Jahu é de 60% a mais que a média nacional, afirma Águas de Jahu

A concessionária Águas de Jahu, responsável desde segunda-feira pelo saneamento, estima que a perda de água tratada em Jahu é de 60% a mais que a média nacional, de 39%. O patamar também é superior aos diagnósticos anteriores fornecidos pelo Serviço de água e Esgoto do Município de Jahu (Saemja), da ordem de 40%.

A redução desta disparidade é uma das metas da empresa, conforme o superintendente Ivan Mininel, em entrevista concedida ontem pela manhã ao Comércio.

O engenheiro civil tem 36 anos e é egresso de outras duas firmas do grupo águas do Brasil, em Araçoiaba da Serra e Votorantim.

Ele afirma que os sistemas de produção de água na cidade não possuem macromedidores, o que inviabiliza a comparação entre o que sai de água tratada e o que efetivamente chega as torneiras.

O grupo providenciou equipamentos para fazer o mapeamento preliminar, que chegou ao porcentual divulgado ontem.

Ainda para evitar desperdício e a medição equivocada de consumo, a águas de Jahu começou na segunda-feira a trocar hidrômetros de parte das residências. Estima-se que 15 mil aparelhos estejam defasados.

Outro investimento previsto para os primeiros anos de concessão é a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no Distrito de Potunduva, que lança os dejetos residenciais em córregos que deságuam no Rio Tietê.

Perda na rede

Na avaliação do superintendente, o combate as perdas de água tratada deve ser prioritário. Como Jahu não possui macromedidores instalados nos sistemas de produção, a empresa fez diagnóstico preliminar que indica desperdício superior a média nacional. Equipamentos quebrados ou obsoletos serão ajustados. “Isso vai dar segurança no abastecimento da cidade e eficiência no consumo de energia”, observa Mininel.
As centrais de produção receberão aferidores para monitorar a saída de água. “Teremos a dimensão da real perda, porque o patamar de 60% é estimado”, diz.

Fraudes

De acordo com Plano Municipal de Saneamento Básico, 80% dos hidrômetros de Jahu estão defasados. A contagem imprecisa de consumo será coibida com a troca gratuita de equipamentos que já começou.
Desabastecimento

A nova empresa detectou problemas de falta de água em alguns bairros, como os Jardins Nova Jahu, Pedro Ometto e Orlando Ometto. Para Ivan Mininel, um dos entraves observados na rede é a falta de interligação entre os poços profundos.

Quando é necessário fazer algum tipo de intervenção, não é possível transferir água de outro poço. No Distrito de Potunduva, há intermitência no fornecimento é o Saemja não tinha condições de enviar o produto nas 24 horas do dia. Um dos poços que estavam parados no distrito será reativado.

Esgoto

A meta contratual é que o tratamento de esgoto no Distrito de Potunduva se dê até o terceiro ano de concessão. Entretanto, a empresa pretende iniciar neste ano a instalação de coletor que receberá os dejetos. O pedido de licenciamento da futura estação pode ser efetivado em entre junho e julho.

Fazendo as contas

A águas de Jahu pagou R$ 20 milhões de outorga onerosa, se comprometeu a investir R$ 165 milhões na concessão de 35 anos e a reduzir as tarifas em 3%. Questionado sobre a viabilidade econômica para a empresa, o superintendente explica que a política de redução de perdas compensa a injeção de recursos. “Ao reduzir perdas para 25%, 30%, você diminui os gastos com produtos químicos, energia e mão de obra”, afirma. A diminuição da evasão de água na rede ajuda, por exemplo, na eficiência energética é a concessionária estima pagar, por mês, R$ 450 mil de energia.

Regulação

Conforme o Comércio noticiou no domingo, a agência reguladora que vai fiscalizar o serviço ainda não foi regulamentada pelo prefeito Rafael Agostini (PT). O superintendente afirma que a relação das empresas do grupo com as agências é constante e que os órgãos acompanham os prazos para execução de serviços e as metas contratuais.

Filantrópicas

A empresa desconhece o projeto de lei aprovado na última segunda-feira pela Câmara, que isenta os hospitais filantrópicos do pagamento de água. O texto depende de sanção do prefeito. Pelo contrato assinado entre firma e administração, apenas os prédios públicos municipais estão isentos da cobrança.

Buracos

Até sexta-feira, o Saemja fazia buracos em ruas e calçadas para realizar serviços de manutenção. A tarefa de fechar as aberturas era da Prefeitura. Conforme Mininel, a águas de Jahu vai abrir e fechar os vãos no pavimento.

O que esperar?

“Inicialmente, um atendimento de bastante qualidade, rapidez e eficiência é além de todos os investimentos que vamos fazer para que Jahu possa crescer sustentavelmente nos próximos anos”, conclui o superintendente.

 

Fonte: Comércio do Jahu

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