O governo do Piauí planeja lançar uma PPP (parceria público-privada) para investimentos na ampliação dos sistemas de água e esgoto da capital e de ao menos mais seis cidades do interior.
Para universalizar a distribuição de água e a rede de captação de efluentes apenas em Teresina serão necessários R$ 1,7 bilhão em aportes.
O trabalho é feito hoje pela Agespisa, uma empresa de economia mista que tem o governo estadual como principal acionista e controlador.
“A empresa registrou no ano passado um prejuízo de R$ 75 milhões e tem grandes dificuldades para conseguir tomar recursos”, diz Herbert Buenos Aires de Carvalho, diretor da autarquia criada para a transição do sistema.
Pelo modelo de concessão, o parceiro privado ficará responsável pelos investimentos e será remunerado com tarifas cobradas pelo serviço pelo prazo de 32 anos.
Hoje, a Agespisa não consegue investir mais do que R$ 20 milhões por ano, em média, segundo Carvalho.
Nesse ritmo, Teresina levaria mais de 80 anos para atender 100% da população com oferta de água tratada e coleta de esgoto, ainda de acordo com o diretor —a captação de efluentes atinge atualmente apenas 18% da cidade.
Além da capital, outros municípios de médio porte, como Parnaíba, Picos e Floriano, serão incluídos no projeto. O modelo de investimento nessas localidades, no entanto, ainda não foi definido.