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Por problemas na leitura de hidrômetros, cobrança da água chega a R$ 190 mil em POA

Recolher a conta d´agua na caixa do correio se tornou uma experiência tempestuosa para parte dos porto-alegrenses. Valores estratosféricos, que chegam a R$ 190 mil (o suficiente para construir um poço artesiano industrial), saltos bruscos em valores mensais e problemas de leitura têm inundado os clientes do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de dúvidas e preocupação.

Desde o início do ano, uma média de 2,5 mil reclamações têm chegado aos postos de atendimento do órgão todo mês – mais do que o dobro da média de 2014.

Uma delas é de Jeferson Sampaio Caju, 29 anos, morador da Aberta dos Morros, que secou a garganta ao se deparar com uma fatura superior
a R$ 3,4 mil em fevereiro.
– Levei um susto. Achava que era algum débito antigo. Quando reclamei, o Dmae reviu na hora e revisou a conta para R$ 80 – resume.

Saiba o que fazer em caso de cobrança indevida de serviços

Casos assim geralmente ocorrem por que o pessoal que faz a leitura de hidrômetros se equivoca ao anotar o volume de água consumido no mês, ou troca a localização do registro entre vizinhos de condomínio, trazendo distorções na conta.

Os problemas começaram após a terceirização do procedimento de leitura, em janeiro deste ano. O Dmae redistribuiu os leitores próprios em funções administrativas e delegou a tarefa à Adalma Zeladoria – a mesma que faz a leitura para a CEEE –, vencedora de licitação feita pela prefeitura.
– Antes era um rapaz que fazia a leitura, nos chamava para ajudar a ver o registro.
Depois, passou a haver uma alternância. Acho que isso trouxe confusão – conta o morador do bairro Glória José Carlos Militão, contemplado por um boleto de R$ 190 mil, também revisto pelo Dmae logo em seguida.

Novatos no serviço, os 35 leitores empregados da Adalma tiveram dificuldade em localizar hidrômetros nas residências, conforme fontes ouvidas pela reportagem. Só em janeiro deste ano, uma a cada sete contas tinha algum tipo de erro, conforme o próprio Dmae.


Órgão cortou o pagamento de empresa terceirizada

A persistência no problema levou a prefeitura a cortar pela metade o pagamento à Adalma em abril – o contrato prevê descontos conforme o número de falhas.
– No início, realmente houve problemas. Mas consideramos que atualmente a situação está normalizada, pois o índice de reclamação está em 0,93% do total de contas – afirma Antonio de Oliveira, diretor-geral do Dmae.

Ele considera aceitável o número de queixas em junho (2.195, ante 1.040 em junho de 2014), pois as leituras também cresceram – atualmente, menos de 11% das contas são calculadas conforme a média de meses anteriores (as demais são efetivamente fruto de leitura), ante um histórico de 40%.

A Adalma admite que o número de reclamações ficou acima do esperado no início do trabalho, em especial em janeiro e fevereiro. Conforme o coordenador Marcelo Mendonça, houve rotatividade de funcionários, que exigiu novas rodadas de treinamento.
– A performance tem melhorado a cada mês. Temos recebido a ajuda do Dmae para fazer o treinamento, e já tivemos melhoria – diz.

Fonte : http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/07/por-problemas-na-leitura-de-hidrometros-cobranca-da-agua-chega-a-r-190-mil-em-porto-alegre-4812206.html?utm_source=TwiPOA&utm_medium=TwiPOA

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