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Prefeituras fecham portas em protesto contra a crise

Para denunciar o estado de falência das contas municipais, prefeitos de todo o Paraná anunciam protesto no dia 21 de setembro contra queda em repasses da União

Representantes de 19 associações de municípios paranaenses confirmaram, nesta terça-feira, um dia de paralisação nas prefeituras. Marcado para o dia 21 de setembro, o ato pretende denunciar a falta de apoio financeiro da União aos cofres municipais.

Os prefeitos de Carambeí, Osmar Blum (DEM), e Sengés, Eliete Jorge (PSDB), representaram os Campos Gerais na reunião da Associação dos Municípios Paranaenses (AMP), realizada na manhã de ontem. Entretanto, os gestores da região não confirmaram a paralisação, que deverá ser discutida e deliberada durante encontro da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) na sexta-feira.

“A AMP está sugerindo um dia de paralisação para informar à população que a situação delicada que as prefeituras estão vivendo, com queda em repasses e corte de verbas”, conta Blum. “Mas não posso confirmar nada antes do assunto ser discutido com a AMCG”, afirma o prefeito de Carambeí.

Além da queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), os municípios têm sido penalizados com atraso em repasses para o custeio de serviços essenciais e, ainda, com os impactos das desonerações nos últimos anos. Um levantamento feito pelo Jornal da Manhã mostra que, em sete anos, somente a região perdeu R$ 639,83 milhões. O prejuízo foi causado pela desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR), desde 2008, além do atraso no pagamento de verbas asseguradas para obras nos Campos Gerais no Orçamento da União até 2014.

Durante a reunião de ontem, o presidente da AMP e prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto (PSDB), apontou o risco de falência no setor público municipal. “Se não fizermos algo urgente para mudarmos este quadro, os municípios vão à falência”, disse.

PROTESTO
AMP diz que movimento é apartidário
A Associação dos Municípios Paranaenses (AMP) vai produzir uma campanha apartidária para denunciar a crise dos municípios e, depois, reproduzi-la em todas as regiões do Estado. Outra ação que deverá ocorrer no dia 21 de setembro será uma reunião com senadores, deputados federais e estaduais, provavelmente no Plenarinho da Assembleia Legislativa, para pedir o apoio dos parlamentares aos municípios. Micheletto disse que o movimento é apartidário e explicou que as prefeituras também têm demandas a serem atendidas pelo Governo do Estado.

Fonte. http://arede.info/jornaldamanha/editorias/politica/prefeituras-fecham-portas-em-protesto-contra-a-crise/

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