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RJ estuda dessalinização para combater falta d’água

RIO DE JANEIRO – O Rio de Janeiro pode ter uma usina de dessalinização, segundo o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que encomendou um estudo de viabilidade a uma empresa espanhola especializada no tratamento de água do mar.

Essa seria a primeira usina do tipo no Rio e provavelmente no país, segundo o governo estadual. A ideia é construir uma unidade na zona oeste da capital, com capacidade para atender a até 1 milhão dos mais de 16 milhões de moradores do Estado.

Segundo o governador, caso o estudo de viabilidade técnica e econômica seja viável, o Estado pretende fazer uma Parceria Público Privada (PPP) para executar a usina de dessalinização.

“Pedi os custos e, dependendo do custo, vamos fazer”, disse Pezão a jornalistas nesta quinta-feira, ao lembrar que muitas indústrias e fábricas estão instaladas na zona oeste da capital.

A proposta do Estado é que essa unidade de retirada de sal da água do mar opere em momentos de possível escassez ou de maior demanda por água no Rio de Janeiro. “É como se fosse uma térmica que opera quando necessário. Seria uma reserva”, declarou Pezão.

O grupo espanhol Sacyr teria se comprometido a apresentar o estudo após o Carnaval, mais provavelmente em 15 dias. Essa mesma empresa teria projetos desse tipo em 25 países da Europa, Ásia e outros continentes.

“Pedi os custos, vi e gostei do que vi. É um grande grupo espanhol e agora estão detalhando os custos. Eu quero fazer… acho que é viável. É um custo maior um pouco, mas já baixou e está um terço do que era há dez anos”, disse o governador.

Paralelamente a essa iniciativa, o governo do Estado inicia na sexta-feira uma campanha de marketing para estimular os consumidores a reduzir o consumo de água.

A campanha “cada gota conta” será veiculada em TV, rádio, Internet, jornais e revistas e vai ressaltar a importância de se economizar água em tempos de escassez. Outra campanha de conscientização nas escolas também será promovida pelo Estado.

“Sempre fazemos campanhas para não esbanjar e estamos investindo para atravessar o problema”, afirmou Pezão.

Além disso, o Estado vem executando obras emergenciais de longo prazo para aumentar a oferta de água no Rio de Janeiro e estimular o reuso de água por parte dos grandes consumidores, entre eles a indústria. “Estamos fazendo investimentos para enfrentar a seca desde 2009 e agora vamos atravessar 2015. Se continuar uma estiagem muito forte, vamos tomar outras medidas, mas a gente acha que atravessamos 2015 e o Ministério do Meio Ambiente também”, declarou Pezão.

Autoridades estaduais alertam que a situação da água deixa o Rio de Janeiro em alerta, mas o problema é menor do que o enfrentado por São Paulo e Minas Gerais. Alguns rios que alimentam o Estado operam ligeiramente acima ou dentro do volume morto.

 

Fonte e Agradecimentos: REVISTA EXAME

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