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Sabesp negocia enviar menos água a 2 cidades

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) negocia com Santo André e Mauá a redução do envio de água per capita para as duas cidades a partir de junho. A medida leva em conta economia menor que a esperada por parte dos dois municípios frente à crise hídrica vivenciada pelo Estado. Diante do cenário, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), já informou que poderá adotar esquema de rodízio já nos próximos dias.

Conforme a Sabesp, assim como Guarulhos, na Região Metropolitana, Santo André e Mauá reduziram seu consumo de água em apenas 17% em comparação com fevereiro de 2014. Já São Bernardo e São Caetano, por exemplo, apresentaram consumo 30% menor no período avaliado. “Neste momento em que enfrentamos a maior seca da história, é preciso que todos os municípios da Região Metropolitana tenham o mesmo grau de adesão, para que possamos garantir a segurança hídrica”, destacou, em nota.

A companhia ressaltou ainda que “vários municípios da Região Metropolitana estão fazendo uso racional da água, por meio de medidas como aplicação de programa de bônus e tarifas de contingência, além das campanhas de economia de água e redução de perdas.” Dessa forma, a Sabesp cobra que Mauá e Santo André tenham ações efetivas e concretas.

No início do mês, o Diário informou que, apesar de ter havido economia de aproximadamente 7,77 bilhões de litros de água na região entre maio de 2014 e abril de 2015, Santo André havia registrado aumento no consumo do recurso. Enquanto 73% dos moradores apresentaram redução do uso na comparação entre janeiro e fevereiro, o percentual caiu para 28% em abril.

O Semasa diz que, desde março de 2014, o consumo de água na cidade caiu 22% e que as metas de redução foram estabelecidas em comum acordo com a Sabesp. Além disso, a autarquia alega que o volume de água fornecido pela empresa estadual caiu de 2,37 m³/s em abril de 2014 para 1,85 m³/s neste mês, sendo que a meta estabelecida era de 1,9 m³/s. A previsão é que a cidade passe a receber 1,75 m³/s a partir de junho, de acordo com a autarquia. A Sabesp não confirma o volume.

A Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) alega que a companhia estadual reduziu o fornecimento de água e fecha os registros todas as vezes que o nível de reservação atinge cerca de 30 centímetros nos dois reservatórios principais e 1,5 metro no terceiro, o que impede que os técnicos mantenham o volume necessário para aplicar o racionamento e minimizar a situação de bairros mais elevados, que passam dias sem receber água nas torneiras. Em resposta, a empresa estatal diz que, no período anterior à crise hídrica, era fornecido 1,2 m³/s de água à cidade, valor que passou para 1 m³/s atualmente.

O superintendente da Sama, Paulo Sérgio Pereira, considera que nova redução de envio de água deixará a cidade em situação de ‘caos’, tendo em vista a topografia local. “Para tentar amenizar o problema, a Sama tem trabalhado com média de oito caminhões-pipa para levar água para a população.”

Manutenção interrompe abastecimento

A Sabesp efetua obras no sistema produtor Rio Claro amanhã e, por conta disso, a estação elevatória de Sapopemba, que encaminha água para Santo André, ficará inoperante entre as 17h de amanhã até as 1h30 de domingo. Cerca de 250 mil habitantes de 38 bairros serão afetados.

A normalização do abastecimento está prevista para ocorrer ao longo do domingo, podendo avançar até a madrugada de segunda-feira nos pontos mais altos.

Confira a lista de bairros atingidos: Vila Nelson, Vila Bartira, Parque Oratório, Vila Olga, Vila Lucinda, Jardim das Maravilhas, Jardim Utinga, Camilópolis, Vila Leonilda, Vila Metalúrgica, Vila Regina, Vila Matarazzo, Parque das Nações, Jardim Ana Maria, Jardim Santo Alberto, Jardim Monte Líbano, Parque Novo Oratório, Parque Erasmo Assunção, Parque Capuava, Parque João Ramalho, Jardim Nice, Jardim Alzira Franco, Jardim Rina, Santa Terezinha, Jaçatuba, Bangu, Vila Alpina, IAPI, Vila Guiomar, Santa Maria, Campestre, Vila Palmares, bairro Industrial, Sacadura Cabral, Príncipe de Gales, bairro Jardim e parte do Centro e Casa Branca.

Fonte: Diário do Grande ABC

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