Tecnologia Eletrodiálise Reversa Saneamento
O saneamento básico é um dos maiores desafios estruturais do Brasil, com impactos diretos sobre a saúde pública, o meio ambiente e a redução das desigualdades sociais.
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados em 2023, revelam que cerca de 35 milhões de brasileiros ainda vivem sem acesso à água tratada, enquanto mais de 90 milhões não contam com serviços de coleta de esgoto.
Contudo esse cenário afeta diretamente a qualidade de vida da população, aumenta a pressão sobre os sistemas de saúde, compromete o rendimento escolar de crianças expostas a doenças de veiculação hídrica e agrava a degradação ambiental — especialmente em um contexto global de crescente preocupação com a crise climática e a justiça social.
Assim, soluções tecnológicas ganham protagonismo como ferramentas essenciais para transformar a realidade do saneamento no país. Mas uma das inovações que têm se destacado é a Eletrodiálise Reversa (EDR), tecnologia que utiliza membranas catiônicas, aniônicas e corrente elétrica para a remoção de sais e condutividade de água e efluente.
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Com capacidade de reaproveitar até 95% do volume de água tratada, baixo consumo energético, geração mínima de rejeitos e operação automatizada, a EDR representa uma alternativa eficiente e sustentável, especialmente indicada para regiões com escassez hídrica, polos industriais e municípios que precisam adequar a água para abastecimento público.
Tecnologia Eletrodiálise Reversa Saneamento
Portanto apesar da eficácia e dos benefícios associados à EDR, a adoção dessa tecnologia ainda encontra barreiras importantes. Entraves burocráticos, ausência de editais que priorizem inovação, falta de capacitação técnica em algumas instâncias públicas e uma cultura de gestão pautada em soluções padrões dificultam a disseminação de modelos mais sustentáveis. Para Lorena Zapata, diretora de Novos Negócios da Engeper Ambiental, o maior desafio hoje não está mais na tecnologia em si, mas na mentalidade dos gestores. “Estamos diante de um paradoxo: temos tecnologias eficazes e sustentáveis disponíveis, mas ainda lidamos com estruturas de pensamento e processos que não acompanham essa evolução”, afirma.
Para a especialista, ampliar o acesso a tecnologias como a EDR requer modernização dos marcos regulatórios, revisão das contratações públicas e mudança cultural nas instituições. “Além de ganhos operacionais, essas soluções trazem benefícios sociais e ambientais alinhados às demandas por sustentabilidade e equidade. Superar barreiras à inovação é essencial para um desenvolvimento mais justo e resiliente”, afirma Lorena.
*Fundada em 2009, a Engeper Ambiental e Perfurações é uma empresa familiar e a única no Brasil a executar gestão hídrica 360°. Com mais de 45 anos de experiência, a Engeper detém o recorde do poço artesiano mais profundo da América Latina, com 1.650 metros de profundidade. Comprometida com a sustentabilidade, a Engeper é aliada do Pacto Global da ONU e oferece serviços de perfuração, monitoramento por telemetria e manutenções em todo o território nacional e na América Latina.
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Fonte: RTA.