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Desigualdade no saneamento básico no Brasil impressiona relatora especial da ONU

  • Geral
  • dezembro 21, 2013
Após dez dias de visita ao Brasil, a relatora especial das Nações Unidas sobre Água e Saneamento, Catarina de Albuquerque, apresentou hoje suas conclusões preliminares e as recomendações iniciais ao governo brasileiro sobre as condições sanitárias do país. A relatora disse que ficou chocada com as desigualdades regionais no acesso ao saneamento básico, sendo a Região Norte a mais afetada.
“Vi muitos contrastes. Há regiões com nível de primeiro mundo, como os estados de São Paulo e do Rio, com cidades com taxa de tratamento de esgoto superior a 93%, e vi outras regiões, como Belém, em que essa taxa é 7,7%, e Macapá, 5,5%. São diferenças assustadoras. Também vi diferenças entre ricos e pobres. O que uma pessoa rica paga pela água e pelo esgoto não é significativo, mas, para uma pessoa pobre, essa conta é muito alta”, disse a relatora.
Catarina se reuniu com representantes do governo e de organizações internacionais, da sociedade civil e com membros de comunidades em Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Fortaleza e Belém. Em suas visitas, a relatora deu atenção especial aos moradores de favelas, de assentamentos informais e de áreas rurais, incluindo aquelas afetadas pela seca.
Segundo a especialista, o Brasil está entre os dez países onde mais faltam banheiros – 7 milhões de brasileiros estão nessa situação. Cinquenta e dois por cento da população não têm coleta de esgoto e somente 38% do esgoto é tratado. “A situação de falta de acesso a esgoto é particularmente grave na Região Norte, onde menos de 10% da população têm coleta de esgoto”, disse Catarina.
Ao visitar comunidades carentes no Rio de Janeiro e em São Paulo, a perita da ONU observou que as populações pobres se sentem invisíveis e esquecidas pelo Poder Público. “Fiquei chocada com a miséria e com a falta de acesso ao saneamento de pessoas que vivem em favelas e em assentamentos informais. Isto é inaceitável de uma perspectiva de direitos humanos. Ninguém pode excluir determinados segmentos da população porque não têm a titularidade da terra”, destacou.
Catarina visitou o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e ouviu reclamações dos moradores sobre a falta de continuidade nos serviços de abastecimento e da qualidade da água. “O Complexo do Alemão é uma preocupação enquanto houver pessoas que não têm acesso a esgoto e água.”
Segundo ela, os problemas criados pela falta de esgoto acentuam-se durante a temporada de chuvas, como a que ela presenciou na Baixada Fluminense, no Rio, na semana passada. “Pude observar a inundação de ruas e canais de dragagem e vi o esgoto inundando as casas das pessoas”, acrescentou.
Para a especialista, o baixo investimento em saneamento resulta em alto custo para a saúde pública, com 400 mil internados por diarreia, a um custo de R$ 140 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente entre as crianças até 5 anos. “As pessoas não associam a diarreia à falta de esgoto e de água potável. Em termos econômicos, investir na água e no esgoto é um ótimo negócio. Para cada R$ 1 investido, os custos evitados [com gastos em saúde] são da ordem de R$ 4”, estimou.
Outro ponto apontado pela relatora da ONU é a questão do alto custo das tarifas de água e esgoto para a população de baixa renda. “É um sufoco para essas pessoas pagar as tarifas. Essa conta não deveria ultrapassar 5% do orçamento familiar. As companhias estaduais decidem ter tarifas muito altas e dividem os lucros entre os acionistas. Deve haver mais pressão dos municípios e dos estados sobre as companhias para que elas reinvistam os lucros no setor.”
Catarina reconhece os avanços no setor e comemora a recente aprovação do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). “O Plansab é um avanço enorme, mostra que o país tem visão para o setor nos próximos 20 anos, com recursos financeiros muito significativos.” O plano, com investimentos estimados de R$ 508 bilhões entre 2013 e 2033, prevê metas nacionais e regionalizadas de curto, médio e longo prazos, para a universalização dos serviços de saneamento básico.
O relatório final será apresentado em setembro na próxima sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Fonte e Agradecimento: Agência Brasil
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One thought on “Desigualdade no saneamento básico no Brasil impressiona relatora especial da ONU”

  • chagasfilhofrancisco@gmail.com
    05/01/2014 em 10:19
    Permalink

    Compomos uma nação socialmente despudorada! Faz quarenta anos que Edgar Bacha cunhou o termo BELÍNDIA (Bélgica + Índia) para expressar a perversa desigualdade social que se projetava naqueles tempos de ditadura. Porém, já há trinta anos os militares se recolheram à caserna e a BELÍNDIA permanece revigorada na vergonha dos cidadãos e no escárnio dos seus dirigentes, “democratas” de todas as matizes.
    Honrando suas boas intenções, o PLANSAB deverá observar a necessidade da implementação das medidas previstas e denominadas “estruturantes” em perfeita sintonia (e sincronia) com as ditas “estruturais”, também anunciadas. Caso contrário, a insuficiência quantitativa e qualitativa (principalmente) de projetos adequados e respaldados em competente planejamento conduzirá a pouca efetividade dos investimentos. Coerentemente, o “balanceamento” entre esses aspectos está bem sinalizado no PLANO, desde o seu texto de INTRODUÇÃO.
    Entretanto, sabemos muito bem que imprimir no papel conceitos, fundamentos e recomendações bem acertadas não é garantia de fidelidade (o razoável que seja) na implementação. No próprio MCidades há experiências de contradições gritantes desta ordem como é bem o caso do programa PAT-PROSANEAR e de programas habitacionais recentes, inclusive o MINHA CASA MINHA VIDA. Acontece que no afã de diligenciar as correspondentes implantações, em determinadas (mas expressivas) situações, atropelam-se as diretrizes estabelecidas nos “formidáveis” Termos de Referência elaborados e pouco são observados os requerimentos elementares da ordem ambiental, originalmente preconizados.
    Vigilância, então é a palavra de ordem!

    Francisco Chagas é Filho vive em Salvador e é consultor em Saneamento Básico, Recursos Hídricos e Planejamento Urbano.

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