Estação de Tratamento de Esgoto de Marabá atenderá mais de 60 mil pessoas

Coletar dejetos da rede de esgotamento sanitário de residências, tratá-los com um moderno sistema sanitário de filtragem de resíduos sólidos e devolver água limpa à natureza. Este pode ser considerado o tripé que constitui um dos mais novos e ousados projetos voltados ao saneamento básico e que está sendo transformado em realidade com a construção do Sistema de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade de Marabá, pelo Governo do Estado. Com a implantação, estima-se que 14 mil domicílios sejam contemplados com o serviço de coleta de cinco estações elevatórias de tratamento dos efluentes.

Orçado em mais de 107 milhões de reais, o projeto tem financiamento do Governo Estadual em parceria com a Caixa Econômica Federal, por meio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), gestora da obra, a estação de tratamento de esgoto do município terá uma rede coletora de 35,85 quilômetros, com 3.662 ligações, em estrutura com 368,75 metros quadrados de área construída.

A construção desta nova estação, já com 80% dos trabalhos de engenharia edificados na rua das Cacimbas, bairro do Amapá, atenderá todo o núcleo da Nova Marabá, que receberá a maior cobertura de esgoto do estado. A meta do projeto é contemplar aproximadamente 33% da população, beneficiando mais de 60 mil habitantes. “O projeto prevê a construção de cinco elevatórias, cada uma com grupo gerador de energia próprio, o que evitará interrupção do processo caso ocorra queda repentina de energia. Dessas cinco elevatórias, três já estão em construção nos bairros Amapá (A), Novo Horizonte (D) e outra no Itacaiúnas (E)”, explica o engenheiro superintendente, Márcio Almeida, da CMT Engenharia, executora da ETE-Marabá.

A limpeza do esgotamento sanitário de Marabá será constituída por três fases básicas: primeiro coleta-se os resíduos in natura das residências a partir das coletoras e separam-se as substâncias sólidas das líquidas; o segundo passo, denominado Digestor Anaeróbico de Fluxo Ascendente (DAFA), trata as substâncias separadas no processo anterior com o auxílio de bactérias anaeróbicas, que limpam a água por meio de um processo químico; por fim, a água limpa vai para uma calha e é devolvida ao efluente com aproximadamente 90% de pureza.

O engenheiro superintendente ainda ressalta como detalhe importante da ETE a coleta de matéria orgânica e gases que podem ser transformados em energia. “É importante deixar claro que esta estação produzirá resíduos como o lodo, que poderá ser aproveitado como fertilizante orgânico por empresas de fertilização ou projetos voltados à agricultura. Além do que, todo o tratamento do efluente também produz gás metano, que será captado e armazenado numa estação de biogás. No início, como a produção ainda será pequena, esse gás será queimado na atmosfera, mas futuramente poderá ser reutilizado na produção de energia renovável, quem sabe até beneficiando escolas ou as comunidades localizadas no entorno da ETE. É uma obra moderna, que traz no seu bojo toda uma concepção sustentável”, detalha.

Para o encarregado da construção da elevatória A, no bairro do Amapá, Luiz Gonzaga, 39, trabalhar no projeto ETE-Marabá significa fazer parte da história e mudança de vida de milhares de marabaenses. “Eu trabalho aqui desde a construção da ponte sobre o Rio Itacaiúnas e pra nós, como profissionais da construção civil, é um prazer imenso fazer parte da modernização da cidade. Esse tratamento de esgoto, assim como a Estação de Tratamento de Água, vai trazer melhorias na qualidade de vida da população com a diminuição de doenças”, declara.

Dados da Obra:

Início da obra: Junho de 2008

Previsão de conclusão: Setembro de 2014

Andamento: 80%

Valor global: 107,18 milhões – com recursos do Governo do Estado do Pará e Caixa Econômica Federal, por meio do PAC

Empresa responsável: CMT Engenharia

Secretaria responsável: Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa)

Órgão beneficiado: Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa)

Fonte: Agência Pará
Veja mais: http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=67073

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