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Feira discute investimento em perdas de água

As perdas no processo de produção e distribuição de água foi o tema de mesa redonda realizada na manhã de hoje na 25ª edição da Fenasan (Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente). Isso porque, segundo os especialistas participantes, o investimento em projetos com enfase na melhora deste processo pode ser alternativa viável para amenizar crises de estiagem, como a enfrentada atualmente no Estado.

O evento apresentou projeto da empresa israelense Miya Group, na região Metropolitana de Manila, capital das Filipinas, implementado entre 2007 e 2012, e que serve de modelo em todo o mundo, segundo o vice-presidente responsável pelos negócios e vendas na América Latina da Miya, Shimon Constante. O processo conseguiu reduzir o volume de água não faturada de 67% para 38,4% na região neste período e incluir 2,5 milhões de pessoas no abastecimento de água potável com melhoria da regularidade do abastecimento.

O diretor de Tecnologia e Empreendimentos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Edson Pinzan, representou a diretora-presidente da companhia no evento. Segundo ele, o investimento em perda de água deve ser perene e não só em momentos de crise. “Entre 2013 e 2017, a Sabesp prevê investir R$ 3,1 bilhões em perdas de água”, enfatiza.

Pinzan voltou a ressaltar que a companhia estadual descarta o racionamento como forma de resolver a crise hídrica atual. De acordo com o executivo, o que vem acontecendo trata-se de rodízio ou gestão da água, tendo em vista que a população fica sem o recurso por curtos períodos e com aviso prévio, já no caso do racionamento, os moradores ficariam sem água por até três dias.

A expectativa dele é de Pinzan é de que o volume de chuvas volte a ser o da média histórica a partir de setembro, quando se inicia o período úmido do ano. “Sabemos dos prejuízos de um racionamento para a população, tanto pelos transtornos quanto dos problemas de saúde pública. A Sabesp já passou por isso uma vez”, observa.

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