Os trabalhadores da CAB Cuiabá, concessionária que faz o abastecimento de água da capital, recusaram as propostas da empregadora e devem manter a greve iniciada na última sexta-feira (2). A rodada de negociação foi realizada nesta segunda-feira (5), mediada pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT). A Justiça do Trabalho, entretanto, determinou que seja mantido o mínimo necessário de funcionários nos setores de atendimento ao público e de reservatório. O Sindicato dos Trabalhadores de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de Cuiabá (Sintaesa) afirmou ao G1 que a decisão tem sido cumprida.
O órgão tem 636 trabalhadores, diz o sindicato. A categoria quer aumento salarial de 8%, além dos 6% de perdas inflacionárias. O Sintaesa afirma que o reajuste não é dado há dois anos, sendo aplicado somente o da inflação, não trazendo ganho real. Outra reivindicação é que seja aprovado piso salarial de R$ 1.019. O atual é de R$ 834. Nesta segunda, a CAB ofereceu piso de R$ 900, valor recusado peos grevistas.
“Achamos que não contempla nossa reivindicação. Propusemos que o reajuste fosse escalonado, ou que o aumento fosse maior para aquelas pessoas que ganham menos e menor para quem ganha mais, mas não chegamos a um consenso com a concessionária“, disse Ideueno Fernandes, presidente do Sintaesa.
O sindicalista disse ainda que a CAB ofereceu melhoria nos vales alimentação e refeição. “Mas, recusamos. No caso do vale alimentação, passaria de R$ 130 para R$ 150. Achamos o valor muito baixo“, afirmou.
Uma nova rodada de negociação deve ser realizada na próxima quarta-feira (7). E, no dia seguinte, deverá ser feita audiência de conciliação entre a empresa e os funcionários, por determinação da Justiça do Trabalho.
Decisão judicial
Conforme a decisão do desembargador Edson Bueno, que atendeu parcialmente a ação da CAB contra o sindicato, o Sintaesa deve manter 50% dos trabalhadores nos departamentos de reservatórios/boosters e estação elevatória, onde ficam os equipamentos que precisam ser ligados para evitar que falte água aos consumidores.
Esse percentual também deve ser cumprido nas Estações de Tratamento de Água (ETA) dos bairros Porto,Tijucal e a Central, e no Centro de Controle Operacional. Em outros setores, como os de atendimento, deverão ser mantidos 30% do efetivo de funcionários. “Estamos cumprindo a decisão e mantendo o percentual determinado. Em alguns setores, se for preciso, poderemos até aumentar esse número“, disse Fernandes.
Fonte: G1
Veja mais: http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2014/05/servidores-recusam-proposta-e-greve-em-concessionaria-em-mt-e-mantida.html
