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A Região em Pauta discute os impactos do tratamento de água e esgoto no dia a dia da população

Primeiro encontro do projeto em 2020 aconteceu nesta segunda-feira (2), no auditório do Grupo Tribuna

Água, Saneamento e Saúde foram os assuntos discutidos no primeiro encontro A Região em Pauta deste ano, promovido por A Tribuna na tarde desta segunda-feira (2), no auditório do Grupo Tribuna, em Santos. O tema escolhido tem em vista o Dia Mundial da Água, comemorado no próximo dia 22.

O primeiro painel da tarde teve a participação do presidente do Instituto Trata Brasil, Edson Carlos, e do biólogo e pesquisador da Unifesp nas áreas de Ecologia e Ciências do Mar Ronaldo Christofoletti. A mediação foi do jornalista Dal Marcondes. Os três deram ênfase aos principais impactos da falta de saneamento básico no dia a dia da população, entre eles, o surgimento de doenças crônicas, além de dados regionais e nacionais.

Edson Carlos explicou que cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis), do Governo Federal, relativos a 2018. Isto mostra que, apesar de o Brasil estar entre as dez maiores economias do mundo, não conseguiu universalizar o acesso ao saneamento básico.

Quanto à coleta de esgoto, a situação mostra-se ainda mais precária, pois 47% da população brasileira não têm o serviço, também de acordo com o Snis. Um dos reflexos disso são as 233 mil internações feitas, somente em 2018, por doenças de transmissão hídrica. Para Carlos, isso caracteriza a falta de saneamento básico como um problema de saúde pública. E as mais afetadas são as crianças de até 5 anos.

“Nós não seremos um país desenvolvido enquanto comprometermos a saúde de nossas crianças por falta de saneamento básico”, complementa Marcondes, que ressaltou que as crianças vítimas passam a ter sequelas que, muitas vezes, comprometerão seu rendimento e serão “carregadas por gerações”.

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