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Mais de 130 vazamentos são registrados por dia em Goiânia

Dados do Ministério das Cidades mostram que o índice de desperdício de água potável em Goiás é de 28,8%. Em Goiânia, essa taxa chega a 21,5%. Segundo a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), além do mau uso por parte de alguns consumidores, os vazamentos contribuem com essa realidade. Na capital, no ano passado, 50.419 falhas na rede foram registradas nas vias públicas da capital, o que representa uma média de 138 casos por dia.

O problema é que muitas vezes os pontos de vazamento estão escondidos embaixo da terra ou em locais de difícil acesso. Só na capital, a rede de água tem quase 6 mil quilômetros, distância equivalente a uma viagem de ida e volta de Goiânia até o Acre.

“Temos feito um trabalho, em todas as regiões de Goiânia, de regulação da pressão. Então estamos instalando válvulas reguladoras para ter uma pressão menor na rede, para que isso ocasione uma redução no número de vazamentos”, explicou o superintendente da Saneago Luiz Novo.

Ao caminhar pelas ruas da capital não é difícil encontrar pontos onde há vazamento. Em um deles, no Setor Norte Ferroviário, a água que brota do chão é tão forte que até parece uma nascente. Ela escoa diretamente para o Córrego Capim Puba e deixa de ser aproveitada. “É sempre assim, dia e noite. São litros e litros de água perdidos”, disse o mecânico Maurício de Oliveira Custódio, que mora nas proximidades.

O empresário Elilde Meira Filho, que também mora na região, diz que vê água escorrendo no local há quase dois anos. “Ali o problema tem bastante tempo, pelo menos há um ano e oito meses. E com essa crise da água, isso é muito ruim para todo mundo”, lamentou.

Após identificar o ponto exato onde estava o vazamento, os técnicos da Saneago já realizaram o serviço de contenção no bairro.

Reparos na rede

A Saneago explica que o trabalho de identificação das falhas na rede ocorre em duas etapas. Durante a noite, equipes fazem uma varredura nos locais onde há suspeita de vazamento e usam uma espécie de detector de metais para localizar os canos. Depois, um aparelho chamado geofone ajuda a apontar por onde a água vaza.

“Ele vai encontrar esses vazamentos, através do ultrassom, pois mostra o ruído de onde a água parte para escorrer pela galeria pluvial”, explicou o gerente de negócios da Saneago, Marco Aurélio Gomide.

Como os ruídos são fundamentais para a localização do vazamento, o trabalho dos técnicos precisa ser realizado durante a noite. “Cachorro, gente passando, carros em movimento, tudo isso é detectado pelo aparelho. Por isso, geralmente fazemos esse trabalho por volta das 3h ou 4h, quando está tudo parado”, destacou o agente de sistema Rodrigo Pedroso.

Depois que o vazamento é constatado, uma equipe é enviada no dia seguinte para corrigir a falha. A Saneago ressalta que, para conseguir evitar este tipo de desperdício, conta com a ajuda da população. Após receber as denúncias pelo telefone 0800 645 0115, o órgão tem o prazo de até 24 horas para resolver a situação.

 
Fonte: G1

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