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Nível dos reservatórios de água do Cantareira cai pela 22ª vez seguida

Com pouca chuva, manancial operava com 16,2% neste domingo. Crise hídrica persiste no Estado de São Paulo.

O nível dos reservatórios de água do Sistema Cantareira registrou a 22ª queda seguida neste domingo (23) e chegou a 16,2% da capacidade, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). No sábado (22), o índice era de 16,3%.
Segundo a Sabesp, foi registrado 0,1mm de chuva no manancial, mas ele não foi suficiente para elevar o nível dos reservatórios.
Os demais sistemas que atendem a Grande São Paulo – Guarapiranga, Alto Tietê, Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro, também registraram quedas nos seus índices neste domingo em comparação com o sábado.

O Guarapiranga que tinha 69,6% no sábado, operava com 69,1% neste domingo. No mesmo período comparativo, o Alto Tietê caiu de 15% para 14,8%. O Alto Cotia foi de 55% para 54,9%.
O Rio Grande, que estava com 83,1% teve redução para 82,9%. E o Rio Claro caiu de 62,3% para 61,8%.
Cantareira
O índice de 16,2% do Cantareira divulgado neste domingo pela Sabesp considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.
Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, no entanto, a companhia passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Neste domingo, ele era de 12,6%. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil, e era de -13% nesta manhã.
Falta de planejamento
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que a falta de água em São Paulo foi resultado da falta de planejamento do governo paulista e relatou que a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SSRH) recebeu vários alertas sobre a necessidade de um plano de contingência para eventuais riscos de escassez hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. A pasta negou as alegações e disse que era impossível prever a estiagem de 2014.

As informações fazem parte do parecer do Tribunal de Contas do Estado sobre as contas do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) em relação ao ano passado. O TCE aprovou as contas do tucano com ressalvas no fim de junho e listou 20 recomendações em diferentes áreas que o governo deveria adotar.

Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise não chegasse “ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados”, como despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, recuperação da represa Billings e combate mais efetivo de perdas de água na distribuição.

Já a Secretaria informou ao TCE que implantou diversas ações para uma situação de estresse hídrico, como o Programa de Uso Racional da Água (PURA), financiamento de estudos, projetos, obras e serviços ligados ao controle de perdas, e adoção de medidas para a prática de reúso de efluentes tratados para uso industrial, urbano e na agricultura.

Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou especialista previu a severidade da seca que atingiu a região sudeste em 2014.

Fonte: G1

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