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No Porto de Santos terminais reduzem o consumo de água

Ao menos três terminais do Porto de Santos, que integram um grupo de empresas de São Paulo que possuem alto consumo de água potável, conseguiram reduzir a demanda da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A queda atingiu a média de 30% nos primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

As instalações portuárias integram os contratos da estatal conhecidos como “Demanda Firme”, em vigor desde 2007. Isto é, são clientes comerciais que consomem a partir de 500 metros cúbicos de água por mês e que, por isso, recebem um pacote de serviços para ajudar no combate ao desperdício. Para se ter uma ideia do consumo das empresas, uma residência com quatro pessoas tem consumo mensal médio de 22 metros cúbicos.

No cais santista, o Terminal Graneleiro do Guarujá (TGG), a Localfrio e Dow Química, que ficam na Margem Esquerda (Guarujá), aparecem na lista divulgada pela Sabesp como grandes consumidores. Já na Margem Direita (Santos), encontra-se a instalação da Citrosuco. Nas cidades, outras empresas também estão na relação, como a sede do Santos Futebol Clube (SFC).

Economia

Visando a redução de consumo diante do quadro de estiagem, as empresas portuárias conseguiram reduzir os índices. Para alcançar a meta, a direção do TGG revisou todos os processos operacionais e iniciou uma campanha para economizar.

No último mês, o balanço do terminal graneleiro identificou a diminuição de 20% da demanda de água. A empresa não informou quantos metros cúbicos de água deixaram de ser consumidos, mas destaca que a meta é permanecer nesse patamar até o final do ano.

Realidade semelhante vive a Localfrio, conhecida pelo serviço das câmeras refrigeradas – que requerem 80% do total de água do terminal. Para reverter o quadro, a empresa investiu em um sistema de captação de água da chuva, além de melhorias operacionais. A ação possibilitou a redução de 27% no consumo, quando comparado com o mesmo período de 2014.

Armazenagem

Entre as empresas da lista, a Dow Química foi a que mais conseguiu economizar: a queda foi de 40% no consumo. No complexo fabril de Guarujá, a empresa construiu um tanque de 450 mil litros para armazenar água da chuva e reformou um antigo, de 700 mil litros.

Ao todo, a firma adquiriu uma capacidade de armazenagem de mais de 1 milhão de litros. Isto ajudará na meta de reduzir o consumo de 50 milhões de litros de água por ano.

A redução drástica no consumo da empresa, no entanto, ocorreu com a inauguração do Armazém Verde. O espaço, que possui um conceito de baixo impacto ambiental, tem 5,5 mil metros quadrados e foi desenhado de forma a atender os princípios internacional de sustentabilidade. Em todas as instalações, a Dow afirma ter investido US$ 1,7 bilhão soluções relacionadas à água e energia.

Já Citrosuco, que também aparece na lista da Sabesp como grande consumidora de água, foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos de A Tribuna.

 
Fonte: A Tribuna

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