saneamento basico

O patinho feio do saneamento básico

Entre as complicações com as chuvas, podem-se destacar as inundações, os tão comuns alagamentos urbanos, enxurradas e deslizamentos de terras. E também já é de conhecimento do senso comum na engenharia que o planejamento é, ao mesmo tempo, quando ausente, a causa, e, quando presente, a solução desses problemas.A ausência do planejamento urbano promoveu e ainda promove ocupações desordenadas, com infraestruturas e prestações de serviços inadequados. Porém, quando há a devida atenção e programação técnica continuada, o planejamento evita problemas futuros onerosos, com a promoção de ocupações ordenadas e soluções mitigadoras de custos reduzidos, como manutenções programadas da rede de drenagem para antes dos períodos de chuva, que têm o potencial de reduzir drasticamente as complicações e consequências das tormentas.

patinho feio do saneamento

Isso foi, inclusive, reforçado na atualização da lei supracitada, em 2016, tendo se redigido como um princípio fundamental, além da disponibilidade de serviços de drenagem e manejo das águas pluviais em todas as áreas urbanas, a necessidade de “limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes”.

Apesar do aparato legal fortalecido e das preocupações que resultaram no aumento de investimentos em saneamento nas duas últimas décadas, incluindo na drenagem urbana, o patinho feio ainda irá demorar a tornar-se o “cisne branco”. Como exemplo, a ferramenta básica para o desenvolvimento de qualquer ação ou controle mais efetivo, que seria a informação, está próxima de ganhar ainda o seu primeiro capítulo. Lamentavelmente, o primeiro Diagnóstico dos Serviços de Águas Pluviais, anteriormente previsto para este segundo semestre, ainda não foi divulgado pelo Sistema Nacional de Informações em Saneamento, ao contrário dos demais eixos, como Resíduos Sólidos (na 14ª edição), e Água e Esgoto (na 21ª edição), e que já tiveram sua edição anual divulgada desde o primeiro semestre.

Fonte: Gazeta Online

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