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Por dia 30% dos 104 milhões de litros de água que Rio Preto trata é desperdiçada

Em vários bairros de São José do Rio Preto (SP), moradores reclamam de vazamentos de água pelas ruas. Com tanto vazamento, o Semae, autarquia responsável pelo abastecimento na cidade, já fez um cálculo: por dia são produzidos para população 104 milhões de litros de água e 30% se perde pelo caminho. Em um ano, o desperdício chega a 14 bilhões de litros de água, o que daria para abastecer Catanduva (SP) por um ano ou Bady Bassitt (SP) por 15 anos.

Rio Preto tem 1,7 mil quilômetros de rede de água e milhares de vazamentos. Segundo a autarquia, são 60 consertos por dia e não é suficiente para acabar com o problema. “Temos muitos bairros antigos e redes antigas de água. E isso complica, precisa de manutenção, tem uma vida útil e precisamos estar sempre fazendo a manutenção”, afirma o engenheiro civil do Semae Willian Arruda.

O cronograma de consertos é feito por meio de denúncias e reclamações da população. A equipe do Semae elege os pontos mais críticos para o reparo. Em um ou dois dias se o problema for grave, ele é resolvido. Se for vazamento menor, pode levar até cinco dias a partir da reclamação.

Em alguns bairros, a água brota do chão e escorre por toda a rua. A água que vaza leva junto a terra do subsolo. A preocupação do aposentado Valdemar Franzini Júnior é que a calçada afunde por causa da erosão. “Se o portão descer e afundar toda a minha calçada, quem vai arrumar? Porque a água pode fazer afundar a frente da minha casa”, diz o aposentado.

Desta perda, 7% é por causa de inadimplência e dos gatos, uma fraude cometida por moradores e comerciantes. Mas o Semae tem maneiras de identificar esse crime. “Queda de consumo de uma hora para outra, ou aumento no consumo, incompatibilidade com o tamanho da casa, com o número de moradores. Temos toda a estatística de consumo, por mês e por dia”, diz o gerente comercial Eder Pinhabel.

Quando o Semae identifica o furto de água, é feito um boletim de ocorrência na polícia. Depois a autarquia faz uma média de consumo para o morador pagar de forma retroativa. “A punição é R$ 1,7 mil de multa, a adequação sai em média R$ 1 mil, e cobramos retroativo nos últimos cinco anos”, afirma o gerente comercial Eder Pinhabel.

Mesmo que se combata a fraude, o mais difícil está na rua. Quem economiza, não se conforma com os a perda de água pela cidade. A sensação que se tem é que na briga entre economia versus vazamentos, o desperdício sempre ganha. O telefone para denunciar um vazamento para o Semae é o (17) 3211-8100.

 

 

 

Fonte: G1

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