saneamento basico

Problemas de saneamento e mobilidade são apontados por Plano Florianópolis sustentável

Os problemas de saneamento básico e a falta de mobilidade urbana são as principais deficiências apontadas no Plano de Ação “Florianópolis Sustentável” desenvolvido pelo programa Ices (Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis), que desde 2013 trabalha em pesquisas e consultorias para resolver diversas deficiências e trazer mais sustentabilidade a capital catarinense. Florianópolis será a primeira capital do sul do país a desenvolver um plano como este, pensado na sustentabilidade, com ações práticas que devem ocorrer até 2022.

Para o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Jr, entrar em uma rede de cidades sustentáveis, traz maiores investimentos para as ações efetivas e práticas tão desejadas na cidade- muitas hoje já contam com indicações de financiamento.

Algumas ações como a modernização da gestão pública e a Mobilidade Urbana receberão atenção especial neste primeiro momento. “Tivemos uma avaliação baixa em mobilidade, agora estaremos mais habilitados para dar sequência as BRTs (Transporte Rápido por ônibus) tanto no sentido norte como sul. A modernização da gestão pública também é uma necessidade da cidade. Precisamos ter uma sede própria porque a dispersão em diversos endereços acaba atrapalhando a gestão. Iremos investir também em software, tecnologia da informação”, aponta o prefeito.

Outro problema recorrente da capital é o saneamento básico. A ideia, de acordo com Cesar Souza Jr é criar um observatório de saneamento. “A gestão tem que estar mais próxima em relação à concessionária Casan. Temos que acompanhar de perto as nossas principais fragilidades. Agora é apresentar o projeto, mas já temos as parcerias para garantir o financiamento”, afirma.

Dentro do plano de ação sustentável já estão garantidos pela Caixa Econômica Federal R$809 milhões. “Temos este recurso captado já, além de mais recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Dependendo do cronograma alguns problemas já podem ser equacionados”, garantiu Marcos Vinicius Rego, superintendente de estratégias da Caixa.

Florianópolis tem vocação natural para o setor de serviços

A qualidade de vida e potencial de integração regional, além do crescimento econômico acima da média nacional foram alguns fatores que colocaram Florianópolis como destaque para que a capital passasse a fazer parte do projeto de estudos e ações integradas sustentáveis. No Brasil, além de Florianópolis, as cidades de Goiânia, João Pessoa, Vitória e Palmas também contam com plano de ação sustentável.

Nos estudos, Florianópolis recebeu destaques em diversos setores, como saúde, educação e economia. “A cidade tem vocação para o setor de serviços. é uma capital com muito potencial, para isso precisamos resolver os problemas como o saneamento, resíduos sólidos e ativos ambientais. Isso será possível através de uma gestão integrada. Será preciso também trabalhar na eficiência energética, com o uso de novas tecnologias. Não podemos esquecer de conectar a cidade ao mar “, opina o coordenador geral do Ices (Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis), Elis Juan.

Florianópolis precisa melhorar:

Lixo: coleta de resíduos sólidos atende 100% da população, mas apenas 5% do coletado é de lixo reciclado.
Saneamento básico e água: As perdas no sistema de abastecimento de água potável em Florianópolis somam aproximadamente 45%, sendo que 10% são atribuídas às perdas de faturamento (aparentes) e 35% atribuídas a perdas físicas ou reais.

Uso e ocupação do solo: O diagnóstico aponta que 44,42% da área urbanizável é irregular. O município tem hoje cerca de 1,11% das zonas urbanas destinadas a áreas verdes, quando deveria ter pelo menos 10% no distrito sede e 20% nos demais distritos.

Transporte e Mobilidade

172.200 veículos e 25.500 motocicletas cruzam as pontes todos os dias e que 75% dos veículos que ocupam a ponte Colombo Salles no horário de pico são carros. Eles ocupam 90% da capacidade da ponte e transportam cerca de 11 mil pessoas, enquanto os ônibus representam apenas 3% dos veículos e ocupam 1% da capacidade da via para transportar aproximadamente o mesmo número de pessoas: 10 mil passageiros.

Vulnerabilidade climática

Florianópolis se encontra sujeita a uma variedade de perigos como: inundação fluvial; inundação costeira e deslizamentos. As regiões mais susceptíveis às inundações costeiras em Florianópolis estão nas seguintes regiões da Ilha de Santa Catarina: norte (Jurerê, Canasvieiras e Ponta das Canas); leste da Ilha (Barra da Lagoa); centro sul da Ilha (Planície do Campeche); e sul da Ilha (Pântano do Sul).

Florianópolis é destaque

Emissão de gases:

O total de emissões em Florianópolis em 2013 foi de 2,17 tCO2/per capita, bem da média mundial (4,7 tCO2e/per capita).

IDMH

O índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Florianópolis, apurado em 2010, foi de 0,847, o melhor de todas as capitais de estados brasileiros e o terceiro melhor do País.

Economia

Comparativo do tempo médio de obtenção de licença para negócios

Florianópolis: 3 dias
Mar del Plata (Argentina): 13 dias
Goiânia: 16 dias
Barranquilla (Colômbia): 17 dias

Educação

Florianópolis foi reconhecida como uma das cidades brasileiras com melhores índices de educação.

Saúde

Os indicadores de saúde de Florianópolis são bastante positivos em todos os quesitos básicos do setor.
Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil em 2013, a esperança de vida ao nascer, para o conjunto da população, aumentou 6,1 anos nas últimas duas décadas: do piso de 71,3 anos de vida em 1991, evoluiu para 74,4 anos em 2000 e para 77,4 anos em 2010. No Brasil o índice é de 63,9 anos.

PODEMOS USAR GRÁFICOS

Valores do Plano de Investimento para Florianópolis:
Total: R$ 2889,15 milhões
Saneamento Básico: R$ 920,39 milhões
Mobilidade: R$ 1732,67 milhões
Modernizar a gestão e governança: R$ 84,97 milhões
Eficiência energética e energias renováveis: R$ 151,12 milhões

 

 
Fonte: RIC SC

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