saneamento basico

Região 8 de Maceió contribui com a elaboração do Plano de Saneamento Básico

A prefeitura de Maceió e MJ Engenharia ouviram, nesta terça-feira (21), líderes comunitários, representantes de associações e a população dos bairros de Cruz das Almas, Jacarecica, Guaxuma, Garça Torta, Riacho Doce, Pescaria e Ipioca, que correspondem a Região 8, e comunidades rurais de Bamburral e Engenho Velho, do bairro Saúde, sobre os problemas de cada local referentes ao saneamento básico, que engloba abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais.

A MJ Engenharia convocou a população e mobilizou várias pessoas das áreas urbanas e rurais da região, que participaram da Oficina de Diagnóstico Rápido Participativo na Associação Cruz das Almas. A psicóloga Sylvana Carvalho acompanhou os moradores das áreas rurais que receberam a visita da MJ Engenharia e contribuíram de forma positiva no diagnóstico, apontando as principais carências de cada uma delas.

Alane de Oliveira Alves e Marcos Antônio são das comunidades rurais de Engenho Velho e Bamburral, respectivamente, locais carentes e com muitas dificuldades de sobrevivência. Conseguiram participar da oficina com a ajuda da MJ Engenharia, que foi até essas comunidades e transportou alguns representantes para a oficina. Os problemas que apontaram são comuns aos dois locais e correspondem à falta de drenagem, de coleta de lixo, transporte e iluminação pública, o que dificulta a entrada de ambulâncias e outros transportes para socorro da população.

Rosilene Maria de Lima Silva representou o bairro de Guaxuma, pela Associação dos Moradores do Alto da Boa Vista. Ela contou que a comunidade é recente e que lixo e a falta de água potável são os maiores problemas do local, principalmente da parte alta, quando se trata de saneamento básico. “A parte alta cresce sem infraestrutura. Pagamos pela água que utilizamos do único poço no bairro e, ainda assim, precisamos ficar acordados na madrugada para que tenhamos acesso à água. Queremos contribuir com a construção do plano porque nós que seremos contemplados com melhoria da qualidade de vida e menos doenças”, colocou.

O Litoral Norte também foi representado pelo Jurandir Dias de Araújo, da ONG Instituto Social SOS Litoral Norte de Maceió, que abrange o bairro de Cruz das Almas até o condomínio Sauaçuí, no bairro de Ipióca. As carências dessa região, segundo ele, referem-se à coleta de lixo, que ele pontua como inadequada, e a água utilizada para banho, lavagem de roupas e outras ações de limpeza diárias que são despejadas nos rios Riacho Doce, Pratagy e Mirim, este último que, segundo ele, de onde será captada a água para consumo humano dos bairros de Pescaria e Saúde. “Estamos confiantes com esse trabalho da prefeitura e da MJ Engenharia, empresa contratada para ouvir a população. Vamos incentivar as pessoas da nossa comunidade a participar e contribuir com um plano eficaz”, assegurou Jurandir Dias.

A socióloga Jana Alexandra, da MJ Engenharia, informou a todos que para as comunidades cobrarem ações públicas, precisam compartilhar conhecimentos e estar organizados e o plano de saneamento visa organizar os quatro eixos que correspondem a saneamento. “O plano vai responder o que precisa ser melhorado dentro de cada comunidade e como isso vai ser melhorado. A terceira questão é quando vai acontecer, o que não temos resposta neste momento mas isso o plano vai dizer até dezembro deste ano. “A participação social, o olhar e o conhecimento da população são fundamentais”, pontou.

Josimeire da Silva Oliveira, da Associação de Mulheres de Ipioca, enfatizou alguns problemas do bairro, dando ênfase ao loteamento São Judas Tadeu que sofre com a falta de pavimentação, o que dificulta o acesso da comunidade e ao escoamento da água. “É uma triste realidade, mas com o plano de saneamento básico teremos mais qualidade de vida”, reforça a moradora. Já Mário Sampaio, de Jacarecica, disse que o rio, que leva o mesmo nome do bairro, está assoreado e com sua área ambiental invadida por residências.

Membro do grupo gestor de fiscalização da Prefeitura de Maceió, o arquiteto Tácio Rodrigues salientou o direito de todos para contribuir com a construção do Plano de Saneamento Básico e falou da luta para que a iniciativa aconteça e contemple as pessoas. “É através do diagnóstico que vamos conhecer os problemas das comunidades. Estamos fazendo um trabalho democrático e de participação por isso a importância de responder aos questionamentos que estão sendo feito. Estamos à disposição nas secretarias de Planejamento e de Saneamento para sanar dúvidas e receber a contribuição daqueles que não conseguiram acompanhar as oficinas. O importante é que todos participem”, explicou o arquiteto.

A bióloga Raquel Finkler, da MJ Engenharia, fez uma explanação para sanar dúvidas e mostrar o que é um Plano de Saneamento Básico e sua importância para a vida das pessoas e das comunidades e reforçou que a intenção da Prefeitura Municipal é contribuir com a melhoria das condições de vida, principalmente quanto à prevenção da saúde.

O encontro ainda contou com a presença do coordenador de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Alex Tenório, que contribuiu ajudando as comunidades a pontuar os problemas e agiu enquanto representante de órgão fiscalizador.

 

Fonte: Aqui Acontece

Últimas Notícias:
Embrapa Saneamento Rural

Balanço Social da Embrapa destaca ações em saneamento básico rural

As ações desenvolvidas pela Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) e parceiros em saneamento básico rural estão entre os nove casos de sucesso do Balanço Social da Embrapa 2023, que será apresentado na quinta-feira (25), a partir das 10 horas, em Brasília, na solenidade em comemoração aos 51 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Leia mais »