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Retomada do fornecimento de água em Alvorada é cobrada por MP e Procon

Após reunião com o Ministério Público (MP) nesta quinta-feira (23), o Procon do Rio Grande do Sul entregou uma notificação à Corsan para cobrar o reabastecimento de água em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre. No encontro entre os órgãos, foram definidos os pontos, ainda que paliativos, que devem ser cumpridos pela empresa até que a situação seja resolvida de forma definitiva.

“Queremos que o órgão atenda aos cidadãos do município e disponibilize presencialmente ou por telefone todas as informações necessárias sobre a falta e o retorno da água em suas casas”, informou a diretora do Procon, Flávia do Canto Pereira.

Os 210 mil habitantes do município estão sem abastecimento desde segunda-feira (20). O Procon também apurou denúncias de que comerciantes estariam cobrando preços abusivos pela água. Foram notificados nove estabelecimentos. Conforme o Procon, não foi encontrada nenhuma irregularidade ou prática abusiva, mas as equipes pediram aos comerciantes para seguirem a legislação do código do consumidor.

A orientação é para que os moradores exigam nota fiscal na hora da compra. Além disso, foi constatado pelo órgão que, em média, um galão de 20 litros de água é vendido a R$ 25. Já o o reabastecimento de água no mesmo galão custa em torno de R$ 10.

A Corsan informou, por meio de nota, que está drenando a água que invadiu a estação de bombeamento no município. Após, os motores molhados serão retirados e substituídos por novos. A partir do término dos serviços, o abastecimento deverá ser retomado de forma gradual em Alvorada e Viamão, mas ainda não há data certa para o retorno do serviço.

Em Cachoeirinha e Gravataí, outras cidades que enfrentam problemas, uma obra de interligação de adutoras é realizada, para que a água chegue até a estação de tratamento de Cachoeirinha sem precisar passar pela área alagada. A obra tem previsão de ser concluída na tarde de sexta-feira (24). Com isso, a promessa é que, no turno da noite, o fornecimento de água comece a ser normalizado gradualmente nos dois municípios.
Moradores enfrentam dificuldades

Em Alvorada, a prefeitura decretou estado de calamidade pública por causa do problema. Segundo a Corsan, a estação de bombeamento do município foi desligada. Por causa da cheia do Rio Gravataí, o local inundou e, se as máquinas forem ligadas, podem queimar.

Os moradores se viram como podem. Água virou artigo caro. “Para tomar banho, estamos buscando galão em Porto Alegre”, diz a dona de casa Cintia Cleomara Freitas dos Santos. “Estão cobrando até R$ 40 as bombonas”, comenta ela.

Na casa da dona de casa Aglaena Moraes, a situação é a mesma desde segunda-feira (20). “Uns falam que é amanhã, outros dizem que não tem previsão de chegada. E até agora, nada. Nada concreto que vai chegar a água até nós”, diz a dona de casa.

Segundo a Corsan, caminhões-pipa estão circulando pelos bairros e também estão estacionados em postos de saúde, no hospital de Alvorada e no Ginásio Tancredo Neves. Mas alguns moradores dizem que ainda não receberam ajuda. “Ainda não apareceu, não veio nada aqui”, queixa-se uma moradora.

Alvorada é uma das cidades afetadas pelas cheias e está em situação de emergência desde o dia 12 de julho. Mais de 3 mil pessoas estão fora de casa. Agora, as doações mais necessárias são água, copos e pratos descartáveis, fraldas e lenços umedecidos.

 

Fonte: G1

Foto: Zete Padilha/RBS TV

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