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Sabesp já não trabalha com cenário de reajuste tarifário de 13%

SÃO PAULO – A Sabesp não trabalha mais com a expectativa de obter autorização para um reajuste de tarifas de 13%, que havia sido o último número citado pela empresa, no ano passado. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Rui Affonso, a revisão tarifária da empresa é um processo dinâmico e diversos fatores já mudaram desde o cenário em que a companhia havia calculado o valor de 13%. Ele não deu um número novo de expectativa da empresa, mas disse que tanto a companhia quanto a agência reguladora do setor no Estado de São Paulo, a Arsesp, vêm refinando suas contas nos últimos meses. Em fevereiro, a agência propôs um valor de 4,66%, que no momento passa por consulta pública e será reavaliado até 10 de abril, quando será divulgado o número final.

Os 13% não são um dogma. Foi um resultado de cálculos que fizemos lá atrás. De lá para cá, temos uma nova base de ativos mais esmiuçada”, afirmou.

O executivo comentou que há uma grande diferença entre a base de ativos considerada pela Arsesp e pela Sabesp. Enquanto a agência fez suas contas considerando que a empresa tem uma base de ativos próxima a R$ 22 bilhões, a Sabesp contabiliza um valor de R$ 30 bilhões. Segundo Affonso, este é justamente o principal ponto de discordância da empresa em relação às contas da Arsesp.

O executivo lembra que a agência já inseriu em uma revisão de suas notas técnicas alguns aspectos sugeridos pela Sabesp, como é o caso da inclusão de obras em andamento dentro das contas de investimentos, assim como a empresa já concordou com alguns pontos apontados pela Arsesp.

O diretor enfatizou que o preço da água no país “está errado” e que a revisão é importante neste sentido. Apenas como exemplo, ele comparou o preço de uma garrafinha de 500 ml de água mineral com o preço da água da Sabesp e disse que a primeira é 2 mil vezes mais cara. Mesmo considerando as diferenças de custos, ele comenta que a água tratada pelas empresas de saneamento no país tem um valor baixo. “Por aí dá para perceber que o preço tem que ser reajustado”, afirmou.

O executivo ressaltou ainda a importância do reajuste de preços para que a companhia realize seus planos de investimentos necessários para sua meta, que classificou como “ambiciosa”, de universalizar o acesso à água e ao esgoto.

Fonte: Valor Econômico
Veja mais: http://www.valor.com.br/empresas/3476812/sabesp-ja-nao-trabalha-com-cenario-de-reajuste-tarifario-de-13

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