A prefeitura e a Águas de São Francisco do Sul inauguram, de forma inédita e online, dia 16 de junho, uma das mais importantes obras de saneamento do município: a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Majorca.
Construída em 15 meses, a estação conta com um sistema de tratamento de esgoto de alta tecnologia em nível terciário e integra o sistema de saneamento básico da região das praias.
A ETE Majorca vai tratar cerca de 5 milhões de litros de esgoto por dia na baixa temporada e mais de 10 milhões no verão, quando em plena operação. A obra faz parte do cronograma de investimentos da concessionaria para a universalização do saneamento no município. A concessionária é uma empresa do Grupo AEGEA que, em Santa Catarina, detém também as concessões das Águas de Penha, Águas de Camboriú e Águas de Bombinhas.
De acordo com Victor Aroeira Vilella, gestor operacional da Águas de São Francisco do Sul, a tecnologia a ser utilizada na Estação de Tratamento de Esgoto é de lodos ativados do tipo Aeração Prolongada através de Reator Sequencial em Bateladas (SBR). O sistema é mundialmente utilizado para o tratamento de despejos domésticos, em situações em que é necessária uma elevada qualidade do efluente tratado.
Os efluentes chegarão na ETE pela estação elevatória de esgoto bruto, onde haverá gradeamento para sólidos grosseiros. Em seguida, serão direcionados para o tratamento preliminar, com a retenção de sólidos mais finos, areia e óleo. Após esta etapa, o efluente é direcionado para o reator SBR, que é combinado com tanque de aeração, onde ocorre a decantação e remoção biológica de nitrogênio e fósforo.
Victor explica que a etapa de aeração consiste em manter uma grande quantidade de bactérias aeróbias em contato com a matéria orgânica presente nos despejos, promovendo a oxidação bioquímica destes poluentes. O oxigênio requerido para a manutenção do processo será garantido por difusores de ar de bolhas finas do tipo circular de membranas EPDM.
A massa de bactérias é denominada lodo, que é mantido no processo. O sistema de tratamento SBR tem uma característica única: o fato de a recirculação de lodo ativado não ser necessária, pois permanece no tanque em todas as etapas do processo. A ETE Majorca conta com dois tanques SBR, que trabalharão de forma alterada e em diferentes etapas do ciclo do processo. Os líquidos clarificados gerados serão destinados para o tanque de contato para desinfecção e posterior lançamento do efluente. O lodo, por sua vez, é encaminhado para a prensa desaguadora para posterior destinação.
Uma das grandes vergonhas do Brasil é a falta de saneamento básico. Segundo o Instituto Trata Brasil 32 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água potável. Mais de 90 milhões vivem sem coleta de esgoto.
“Foi um negócio pequeno, mas muito estratégico”. Foi assim que Carlos Piani, CEO da Sabesp, definiu a compra do controle da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), anunciada neste domingo (5), em um negócio de R$ 1,1 bilhão.
A busca por eficiência e sustentabilidade no setor de saneamento passa, muitas vezes, por detalhes técnicos que fazem toda a diferença na operação de um sistema.
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) concentra 39 municípios, incluindo a capital do estado, e uma população de mais de 20 milhões de habitantes.
O primeiro dia do Seminário sobre Resíduos Sólidos, Sustentabilidade e Economia Circular, organizado pela Prefeitura de São José dos Campos, Urbam e o Instituto Valoriza Resíduos, reuniu mais de 100 pessoas no Centro de Formação do Educador (Cefe), em Santana.