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SP: A estiagem já comprometeu o abastecimento de Sorocaba e Campinas

Vários municípios do interior do Estado de São Paulo começam a sentir a estiagem. Enquanto outros Estados do Brasil vivem o inverso (enchentes e inundações) o Estado de SP é assolado por uma das piores estiagem de sua história.

Desde a manhã desta segunda-feira (7), bairros da zona leste da cidade de Sorocaba (SP) , por exemplo, estão recebendo água em horários alternados.

O racionamento foi adotado depois que a água captada em duas represas particulares não foi suficiente para elevar o nível do reservatório do Ferraz, que abastece as regiões do Éden e de Aparecidinha, onde vivem pelo menos 60 mil habitantes. Com o volume cedido por particulares, o reservatório chegou a subir 28 centímetros, mas o calor no final de semana elevou o consumo e fez o nível baixar novamente.

O abastecimento está sendo interrompido das 6h às 18h em 16 bairros da região de Aparecidinha e das 18h às 6h em dezessete comunidades na área do Éden. Conforme o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), a medida é necessária para evitar que a falta de água se torne generalizada na região. O rodízio será suspenso assim que as condições hídricas melhorarem. No restante da cidade, abastecido pela Represa de Itupararanga, o fornecimento de água segue normal.

A estiagem prolongada, com chuvas abaixo do normal desde janeiro, já comprometeu o abastecimento em outras nove cidades das regiões de Sorocaba e Campinas. Em Itu, desde o final de junho, a cidade toda está sendo abastecida em dias alternados. A represa do Itaim, principal reservatório da cidade, atingiu o nível histórico mais baixo, com 4% da capacidade. Em Saltinho, a população tem abastecimento seis horas por dia. São Pedro, Cosmópolis, Valinhos, Santo Antônio de Posse, Rio das Pedras, Vinhedo e Cordeirópolis também adotaram o racionamento em razão da estiagem.

Em Salto, região de Sorocaba, a seca provocou forte queda no nível do rio Tietê, agravando a poluição na área central da cidade, cortada pelo rio. No salto, principal atração turística, a queda d’água quase desapareceu, expondo rochas e pedras que não eram vistas havia décadas. O nível do Tietê no trecho está cinco metros abaixo do normal nesta época. Com a concentração da poluição, forma-se espuma e o mau cheio volta a incomodar os moradores.

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