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Despoluição da Baía pode acontecer com tratamento de rios

A construção de nove unidades de Tratamento de Rios (UTRs) que deságuam na Baía de Guanabara seria a solução para despoluir 90% das águas da baía. A declaração foi dada pelo oceanógrafo David Zee, da Universidade do Estado do Rio (Uerj), durante vistoria da Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) à UTR do Arroio Fundo, em Jacarepaguá, Zona Oeste da capital. “Em no máximo 12 meses, essas UTRs ficariam prontas e, com certeza, até os Jogos Olímpicos, teríamos boa parte da nossa baía despoluída”, declarou Zee.

As unidades de Tratamento seriam instaladas nos canais do Mangue e do Cunha e nos rios Irajá, Pavuna, Meriti, Sarapuí, Iguaçu, Guaxindiba e Buaçu e custariam, de acordo com o oceanógrafo, R$ 500 milhões em média. Para o presidente da comissão, deputado Nivaldo Mulim (PR), a falta de recursos do Governo do Estado impede o início dessas obras: “Vamos mediar uma conversa entre Governo e o Ministério do Meio Ambiente para pedir recursos para as obras.

É necessário que aja uma ação conjunta entre os municípios, o Estado e o Governo federal”, disse Mulim. O presidente da Comissão Especial da Alerj de despoluição da Baía de Guanabara, deputado Flávio Serafini (PSol), pontuou que as UTRs são medidas complementares e não podem substituir o saneamento básico. “Pode funcionar como medida emergencial, mas o tratamento do rio não é tratamento de esgoto. Há uma retirada considerável de matéria orgânica, mas a UTR não substitui o saneamento”, comentou.

A UTR de Irajá é a única das nove que já começou a ser construída e está em processo de conclusão. De acordo com a Rio Águas, empresa da Prefeitura do Rio que regula e fiscaliza a concessão dos serviços de esgotamento sanitário e as UTRs, a unidade de Irajá deve ficar pronta nos próximos meses. O deputado Nivaldo Mulim anunciou que o grupo pretende visitar essas obras e a UTR do Rio Carioca nas próximas semanas. Além das três unidades citadas – Arrioio Fundo, Carioca e Irajá –, o município também conta com as UTRs da Rocinha, de Barra de Guaratiba e do Piscinão de Ramos, todas essas últimas em funcionamento.

Arroio Fundo Apenas na Unidade do Arroio Fundo são retiradas, mensalmente, 2.100 toneladas de areia, 70 toneladas de lixo e 170 toneladas de lodo. O processo de despoluição do rio conta com cinco etapas: a retenção de sedimentos, a remoção do lixo flutuante, a injeção de coagulantes, o sistema de micro-aeração da água e a remoção do lodo. Nessa UTR, com capacidade para tratar a vazão de 1.800 litros por segundo, o lodo poderá ser transformado em tijolo no final do processo. De acordo com a Rio Águas, essa tecnologia está em fase de testes, mas, se colocada em funcionamento, poderá produzir até 30 mil tijolos ecológicos por dia. Também participou da visita o deputado Tiago Mohamed (PMDB). –

Fonte: http://netdiario.com.br/despoluicao-da-baia-pode-acontecer-com-tratamento-de-rios/#sthash.1oI8Wc4O.dpuf

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