BRASÍLIA – Depois de se reunir com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta segunda-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que veio pedir ajuda do governo federal para financiar oito obras de infraestrutura na área hídrica. Os empreendimentos custarão R$ 3,5 bilhões e não resultarão em solução imediata para a população paulista, que vive sob impacto de uma grave crise de abastecimento de água. Segundo Alckmin, algumas obras começarão a ficar prontas em 2015 e o restante, somente daqui a três anos. Ele disse que não é verdade que recusou ajuda do governo Dilma, mencionando que nesses quase quatro anos de gestão da petista, os dois entes federativos já firmaram uma série de parcerias. O governador voltou a dizer que não será necessário fazer racionamento de água.
— São Paulo enfrenta esta que é a pior seca dos últimos 84 anos com planejamento, com obra e com uso racional da água. Não há esse risco (de desaparecimento). Temos um sistema extremamente forte. As obras para amanhã já estão sendo feitas — afirmou.
As obras são: Interligação do rio Jaguari ao Atibainha; barragem de Pedreira e Duas Pontes; sistema adutor regional para PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí); interligação do rio Pequeno com a represa Billings; estação de reuso para reforço do sistema Baixo Cotia; adutora emergencial Jaguari-Atibaia para reforçar da captação de Campinas e 24 poços artesianos no Aquífero Guarani e para bacias PCJ.
Alckmin afirmou que a partir de 2017 São Paulo contará com seu oitavo sistema de produção de água, de São Lourenço, que jogará 4,8 m3 para Cantareira, graças a um convênio de R$ 1,8 bilhão entre São Paulo e a União, que será assinado na próxima semana. Além disso, ele disse que há obras permanentes para que o estado seja cada vez menos dependente da água do sistema Cantareira, o que mais vem penando com a seca. Perguntado sobre quanto espera receber do governo federal para tocar essas obras, respondeu:
— O máximo que puder. Pode ser a fundo perdido e financiamento.
Alckmin negou que tenha cometido um erro ao não determinar um racionamento de água antes do período eleitoral. Segundo ele, o bônus instituído em fevereiro para premiar quem economiza água resultou em consistente economia do bem, sem expor a população aos problemas de um racionamento. Neste mês, o bônus foi ampliado. Quem economizar 10% de água terá o mesmo montante de abate na conta; quem economizar de 15% a 20% terá 20% de desconto e quem economizar mais de 20%, continuará tendo um desconto de 30% na conta.
Além de Dilma e Alckmin, participaram da reunião as ministras do Planejamento, Miriam Belchior, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Depois da reunião, as ministras disseram que a presidente pediu para o governo de São Paulo detalhar as obras. Isso será feito em uma reunião, na próxima segunda-feira, com as ministras e secretários do governo paulista.
Segundo Miriam, a presidente disse na reunião que a ajuda para as obras depende da capacidade financeira da União, mas sobretudo da importância dos projetos para a população.
— Eventualmente podemos apoiar tudo — disse.
FONTE E AGRADECIMENTOS : http://oglobo.globo.com/brasil/em-encontro-com-dilma-alckmin-pede-35-bi-para-obras-de-abastecimento-de-agua-14523894#ixzz3IhjQHFKT