As ações da Sabesp passam por um pregão de forte queda, diante da frustração com anúncios do governo de Estado de São Paulo que poderiam trazer alívio para o risco de racionamento. Ontem, os papéis caiam 6,93%, para R$ 19,73, liderando as baixas do Ibovespa, que operava com valorização de 1,21%, a 47.132 pontos.
Devido a preocupações com a estiagem e com o reajuste tarifário que deve sair no próximo mês, as ações da empresa de saneamento acumulam queda de 25% no ano e voltaram ao patamar de fevereiro de 2012, segundo dados do Valor Data.
Ontem, as ações da empresa, que iniciaram o dia em baixa, viraram e terminaram o pregão com valorização de 1,1% com a expectativa de uma coletiva que seria realizada à noite pelo governador Geraldo Alckmin sobre a situação do abastecimento de água.
No entanto, Alckmin anunciou que a interligação dos Sistema Cantareira, o principal da Sabesp, com a Bacia do Parnaíba do Sul ficará pronta apenas em 2016. “Não tem nada a ver com o problema de agora”, disse o governador.
Segundo ele, o uso do volume morto na Cantareira garantirá o abastecimento da capital. Além disso, Alckmin voltou a negar que o governo estuda fazer aportes para evitar possíveis prejuízos para a Sabesp por conta da crise atual e da política de descontos na conta de água.
Além da preocupação quanto ao risco de racionamento, a estiagem atual levanta dúvidas quanto à possibilidade de a estatal conseguir reajustes tarifárias no processo de revisão que termina em abril.
A Arsesp, que regula o setor de água e gás em São Paulo, sinalizou um aumento de 4% nas tarifas, muito abaixo dos 13% pleiteados pela Sabesp. Analistas apontam que, diante do risco de falta de água, a chance de que o governo acene com um aumento maior é muito baixa.
Fonte e Agradecimentos: http://www.valor.com.br/empresas/3487800/sabesp-aprofunda-queda-para-7-e-volta-ao-nivel-de-fevereiro-de-2012#ixzz2wcdVxQu7