saneamento basico

Embrapa desenvolve máquina que limpa frutos sem usar água

Equipamento foi idealizado em São Carlos (SP) e deve chegar ao mercado em junho.

Pesquisadores da Embrapa Instrumentação, desenvolveram uma máquina que limpa frutos sem usar água. O equipamento será produzido em escala por uma empresa e deve chegar ao mercado em junho.

A expectativa é de que o aparelho possa beneficiar produtores como Sérgio Aparecido Marino. Para ganhar mais, ele separa os pimentões de sua plantação por tamanho e nível de maturação, a chamada classificação. Mas, nesse processo, precisa lavar os produtos.

“Para lavar umas 10 caixas de pimentão, vai uma média de 80 a 100 litros de água. Se a gente for fazer isso três ou quatro vezes por semana, em um mês daria uma quantia bem grande”, disse.

Mesmo as fazendas maiores, que usam máquinas para a limpeza e seleção, não escapam do desperdício de água. No caso do tomate, por exemplo, o gasto varia de 200 a 500 mil litros por mês, dependendo da produção.

Funcionamento

Para evitar esse consumo, os pesquisadores desenvolveram a nova máquina, com cerdas que escovam e conseguem limpar frutos.

“Diferente das máquinas tradicionais, que são horizontais e o fruto vai caminhando por cima das escovas, nesse caso, ele vai dentro do conjunto de escovas e vai tendo essa limpeza mais eficiente”, explicou o pesquisador Marcos David Ferreira.

O equipamento só não substitui a necessidade de lavar os itens em casa, antes do consumo. “Porque você retira a sujidade, se tiver alguma contaminação, tanto microbiológica ou mesmo outra, você deve fazer uma lavagem em casa, essa é a recomendação padrão”, disse Ferreira.

Acessível

Segundo os pesquisadores, o equipamento ainda passará por algumas mudanças antes de chegar ao mercado e a ideia é que seja acessível para os pequenos produtores.

“Em especial aqueles de tomate, laranja, de frutas como o caqui, maracujá, ou mesmo orgânicos, que podem classificar o produto na propriedade e, assim, agregar valor e ter um diferencial dentro do mercado”, afirmou o pesquisador.

Fonte: G1

Últimas Notícias: