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Para conter crise, fábrica de bebidas reaproveita água em produção

A CRS Brands, dona de marcas como Sidra Cereser e Chuva de Prata, consome em média por mês cerca de 9 milhões de litros de água em sua fábrica em Jundiaí (SP), o equivalente a 1,73 litro para cada litro de bebida produzido. Embora o volume seja gigantesco, a empresa já conseguiu reduzir, em 5 anos, 30% no consumo de água tratada e projeta uma economia de mais 10% até o final do ano, quando pretende chegar a 1,5 litro de água utilizada para cada 1 litro de bebida engarrafada.

Toda a água utilizada na CRS Brands é captada diretamente do Rio Jundiaí Mirim e tratada na própria empresa. O programa de gestão ambiental da companhia já resultou, em 5 anos, uma redução de 49% no volume de água captada e foi o vencedor do Prêmio Fiesp Conservação e Reúso de Água 2015, na categoria empresas de médio e grande porte.

A fabricante de bebidas iniciou o projeto em 2010 com programas de monitoramento de consumo da água, modificações de etapas do processo de produção e limpeza, sistema mais eficiente de enxágue de garrafas, além da instalação de cisternas para aproveitamento de água da chuva.

“A água é um ingrediente essencial para o nosso processo produtivo. Não ter água disponível traz como risco não ter produção”, afirma José Fontelles, diretor comercial da CRS Brands. “Com os projetos implementados nos últimos anos conseguimos alcançar 17% de reaproveitamento de água e reduzir em 22% na geração de efluentes r(esíduos industriais)”, acrescenta.

Entre as medidas de economia adotadas pela empresa está um sistema de reaproveitamento da água em diferentes etapas do processo produtivo.
“Recuperamos e retilizamos a água de lavagem de garrafas, lavagem de filtros da estação de tratamento de água e lavagem dos filtros e tanques de produção de água desmineralizada”, explica Fontelles.

Desde o final do ano passado, a empresa passou também a reaproveitar a água da bomba de vácuo utilizada no envase de produtos para abastecer o sistema de lubrificação das esteiras de transporte de garrafas.

Segundo Fontelles, a bomba de vácuo que tem como principal função aspirar o ar das garrafas, acelerando o enchimento das garrafas e evitando a formação de espuma do líquido durante o enchimento. “Esta bomba é alimentada com água onde nela é reincorporado o gás retirado das garrafas. Esta água não entra em contato com o produto sendo descartada totalmente limpa”, explica.

Pelo novo sistema, a água gerada pelo vácuo é direcionada para um caixa de coleta e utilizada na diluição do lubrificante das esteiras de transporte de garrafas.

As linhas de produção da empresa utilizam em média por mês 570 mil litros de água para abastecer o sistema de lubrificação. “Praticamente toda a água gerada no vácuo é reaproveitada neste processo, o que permite a redução da captação de água bruta e custos com tratamento de água”, diz o diretor.
Recuperação de água de filtros

Outro projeto em andamento prevê a recuperação da água de lavagem dos filtros de carvão e dos tanques de troca iônica de fabricação de água desmineralizada. A água, que até então era descartada, está sendo direcionada para a estação de tratamento de água da empresa e e incorporada à água de captação superficial.
Segundo a empresa, serão recuperados em torno de 240 mil litros de água por mês, o que representa 3% do consumo médio mensal de toda a empresa ou um dia de consumo de água.

A empresa afirma ainda ter redobramos os cuidados na manutenção a fim de identificar e eliminar os vazamentos. “Entendemos que podemos aumentar a margem de economia da água reduzindo desperdícios no dia a dia. Por isso, incorporamos na nossa rotina treinamentos e campanhas de conscientização entre os colaboradores”, conclui Fontelles.

 

 
Fonte: G1

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