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Projeto de Sorocaba/SP transforma toneladas de lixo que iriam para aterros em combustível

Empresa transforma o material em resíduo capaz de gerar energia. Sistema é licenciado pela Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb).

No dicionário da língua portuguesa, a palavra “lixo” aparece como qualquer coisa sem valor ou utilidade. Mas não é assim que pensa uma empresa de Sorocaba (SP), que recolhe lixo de 800 indústrias e separa tudo o que pode ser reaproveitado. Tudo o que não tem condição de ser reciclado é triturado, seco e vira um resíduo capaz de gerar energia.

Segundo o gerente de sustentabilidade da empresa, José Carlos Silvestre, é o chamado Combustível Derivado de Resíduos (CDR).

“O lixo é composto por restos de sanitários, por orgânicos, por podas de árvores, varrições. Esses materiais têm poder calorífico, que é o que as cimenteiras precisam para geração de energia”, diz Silvestre.

A empresa tritura 200 toneladas destes resíduos por dia e leva tudo para uma das maiores fábricas de cimento do país, em Salto de Pirapora (SP). É a primeira indústria do Brasil que aproveita este tipo de material.

Combustível alternativo

O lixo é incinerado e gera energia nos fornos para a fabricação do cimento. Na empresa também são usados os resíduos de empresas que recolhem lixo em 40 cidades do interior de São Paulo.

Com isso, a indústria já conseguiu substituir 30% de um composto derivado de petróleo, que antes era o único combustível usado.

De acordo com o gerente do setor de combustíveis alternativos, Eduardo Porciuncula, a estimativa é aproveitar este ano 65 mil toneladas do combustível alternativo, que reduz a emissão de gases que causam o efeito estufa.

“A cada uma tonelada de CDR eu reduzo 1,2 toneladas de emissão de CO2, contando tanto a parte de substituição do combustível em si, mas também o que eu deixo de enviar para o aterro, que tem a emissão do gás metano”, explica.

Energia elétrica

O sistema foi licenciado pela Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb), que é responsável pela fiscalização do sistema de filtros para que a queima do material não polua o ar.

O próximo passo, segundo o diretor da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos (Abrelpe), é aumentar o aproveitamento do lixo urbano.

“O potencial de geração de energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos no Brasil poderia abastecer 3% do consumo nacional em um ano. É uma fonte considerável e que deve ser incluída nos projetos de aumento da malha elétrica do Brasil e também para o aproveitamento das indústrias”.

Fonte: G1.

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