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AMS propõe construção de térmicas

A Associação Mineira de Silvicultura (AMS) está em busca de políticas públicas para promover o uso das florestas plantadas na geração de energia elétrica. O objetivo, junto ao governo estadual, é desenvolver ações que incentivem a construção de novas termelétricas para serem abastecidas com cavaco de madeira e, também, para adaptações voltadas às usinas já existentes e hoje abastecidas com combustível fóssil. O projeto é inicial e dependendo do avanço das negociações, em cerca de seis anos será possível ter unidades prontas.

De acordo com o diretor-executivo da AMS, Cesar Augusto dos Reis, o assunto foi discutido com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, na última semana, e, em breve, será apresentado aos demais órgãos do governo que poderão contribuir para o desenvolvimento como, por exemplo, a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi).

As expectativas são positivas em relação ao projeto, principalmente pelo cavaco ser uma fonte de energia limpa, o que vem se tornando uma opção cada vez mais adotada no mundo. Além de incentivar o plantio de novas florestas, a utilização para produção de energia elétrica também é uma importante ferramenta para diversificar o mercado dos produtores de madeira.

O uso do cavaco de madeira para a geração de energia elétrica agride menos o meio ambiente durante o processo de queima porque a liberação de dióxido de carbono (CO2) é igual ao CO2 retirado pela atmosfera durante o processo de fotossíntese, fazendo com que a emissão do gás poluente seja nula no processo.

“A diversificação de mercado é importante para que a demanda pelo produto seja estimulada e para que os pequenos e médios produtores de florestas se mantenham ativos. A geração de energia elétrica com a queima do cavaco de madeira é interessante para a diversificação e também para ampliar a oferta de energia de fontes variadas e limpas. Em tempos de crise energética, o projeto pode ser uma alternativa bem viável”.

Além do incentivo para a construção de novas termelétricas, a AMS também busca fomento para os pequenos e médios produtores invistam na atividade.

Carvão – A AMS representa empresas de base florestal em Minas Gerais, abrangendo as cadeias produtivas da siderurgia, carvão vegetal, ferroligas, celulose e papel, painéis de madeira industrializada, e dos produtores independentes. As florestas plantadas no Estado têm como principais destinos a produção do carvão vegetal, celulose e painéis.

Nos últimos anos, o setor vem enfrentando queda na demanda proveniente das indústrias siderúrgicas e de ferroligas. Com a demanda pelo carvão enfraquecida, o plantio de novas florestas fica comprometido, o que no futuro pode provocar escassez de matéria-prima.

 “O setor de carvão está em retração em decorrência da atual situação da siderurgia, mas esperamos que volte a operar em alta em breve. Quando isso acontecer, será necessário grande volume de madeira e se o produtor de florestas muda de ramo, poderemos conviver com a falta da matéria-prima. As florestas plantadas levam de seis a sete anos para alcançar o ponto de corte e a diversificação daria condições de manter a atividade, evitando escassez futura”, explica Reis.

Segundo os dados da AMS, em Minas Gerais, são 1,5 milhão de hectares de florestas plantadas com eucaliptos e pinus, o que representa 23,6% do total nacional. A atividade está presente em 440 municípios mineiros, com destaque para as regiões do Triângulo Mineiro, Norte, Noroeste, Zona da Mata e Sul de Minas.

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