Visando incentivar a valorização das cooperativas e associações de catadores de materiais reutilizáveis, a Prefeitura de Guaramirim, por meio da Fundação do Meio Ambiente, finalizou na última quarta-feira (22)
A pasta ainda aguarda o parecer do poder jurídico para abrir o edital de chamamento público para dar início ao cadastro. De acordo com o secretário de planejamento e gestão do Meio Ambiente, Jiuvani Assis Assing, o empasse para a finalização ocorre, pois, algumas cooperativas da região não estão legalizadas e não obedecem aos critérios técnicos estabelecidos pela legislação federal.
A expectativa é que até a próxima quarta-feira (29), o processo de credenciamento seja iniciado. “Tem algumas cooperativadas que estão em fase de licenciamento, mas até a semana que vem, esperamos que esteja tudo acertado”, explica o secretário.
Jiuvani salienta que o município viu a necessidade de trabalhar com as cooperativas como uma forma de oferecer uma fonte de renda para os cooperados e as associações. Segundo ele, os trabalhadores receberão um custeio no valor do diesel para a locomoção durante a coleta seletiva.
“Haverá geração de emprego e a tendência é que as cooperativas crescem na medida que o município vai crescendo”, acredita Assing.
A prefeitura informa que devido ao processo de credenciamento, o serviço de coleta deve ficar comprometido até semana que vem.
De acordo com o secretário, durante este período, os moradores devem ter consciência de separar os resíduos corretamente até que os trabalhos normalizem.
Jiuvani explica ainda que na medida que assim que o edital estiver concluído, a prefeitura vai realizar campanhas para divulgar as datas e locais em que as cooperativas farão o recolhimento.
40% do material não é reciclado no município
Guaramirim recicla entorno de duas mil toneladas de lixo por dia. Na visão de Assis, os números poderiam ser maiores se a população destinasse os materiais de forma correta. Segundo ele, 40% dos dejetos que chegam para a coleta seletiva acaba se perdendo por não ser efetivamente reciclável.
Saco Verde não é prioridade
Na contramão da realidade de Jaraguá do Sul, Guaramirim não pretende aderir ao “saco verde”. O secretário explica que se houver uma ação neste sentido, será incentivando os comércios a oferecer sacolas coloridas.
Na opinião dele, as sacolas de supermercado podem ser usadas para o lixo comum e que a reciclagem depende muito mais da atitude de cada um do que material usado para reunir os dejetos.
“A pessoa que tem a educação e faz a separação do lixo corretamente, vai fazer isso independentemente de ter ou não um saco verde. Diferente daquele que não tem esta consciência”, ressalta.