saneamento basico
lixoes

Municípios do AM têm dois anos para acabar vergonhosos lixões

Imagem ilustrativa

Os municípios do Amazonas têm dois anos para acabar com os vergonhosos lixões. Eles são um problema ambiental, social e econômico presente na maioria dos municípios brasileiros e em todas as cidades amazonenses.

Dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) indicam que, atualmente, existem 71 lixões ativos no estado

Nesse sentido, os lixões a céu aberto representam também uma grave ameaça à sociedade. Ou seja, por conta da transmissão de doenças, contaminação do solo e da água.

Além disso, a perdas de até R$ 10 bilhões por ano, com a falta de reciclagem dos resíduos. Conforme dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

No caso dos municípios amazonenses, este cenário é ainda mais alarmante. Isso quando consideradas as características únicas do Estado, como a fauna, a flora e os recursos hídricos.

Dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) indicam que, atualmente, existem 71 lixões ativos no estado.

Aliás, o Amazonas é o maior gerador de resíduos sólidos urbanos da região Norte. Por exemplo, com média diária de 1,14 Kg/habitante, enquanto a média nacional é de 0,95 Kg/habitante.

Para solucionar estes problemas, o governo federal sancionou, em julho de 2020, o marco do saneamento. Desse modo, entre outras medidas, estabeleceu o ano de 2024 para o fim dos lixões em todo o território nacional. De acordo com os planos de resíduos sólidos e o número de habitantes de cada cidade.

O marco do saneamento também determina a descontaminação dos espaços onde estão localizados os atuais lixões e a implantação de aterros sanitários.

LIXÕES

Por definição, os lixões são depósitos a céu aberto onde são depositados e amontoados os resíduos de todos os tipos. Sendo residenciais, industriais, comerciais, oriundos da construção civil e hospitalares – sem nenhum tratamento adequado.

Bem como, sem nenhum critério sanitário de proteção ao meio ambiente. Dessa forma, provoca a contaminação permanente da água e do ar, além de atrair vetores de doenças como germes patológicos, moscas, baratas e ratos.

Os lixões também representam um grave problema social. Uma vez que é comum encontrar pessoas que arriscam sua saúde e a própria vida nestes locais para coletar produtos e materiais para sobreviverem e se alimentarem.

ATERROS

Por sua vez, nos aterros sanitários, os resíduos são depositados em solos que receberam preparação para esta finalidade.

Isso ocorre por meio da impermeabilização, nivelamento e selados na base com argila e mantas de PVC. Além de possuírem sistema de drenagem para o chorume (líquido resultante da decomposição do lixo).

Outra característica importante dos aterros é que os resíduos são cobertos com solo e compactados com tratores.

Com isso, dificulta o acesso de agentes vetores de doenças e a contaminação do ar.

NORTE AMBIENTAL

Como resultado, a empresa privada Norte Ambiental está implantando no município de Iranduba (a 28 quilômetros de Manaus, na região metropolitana) o projeto de uma central de atendimento de resíduos sólidos. Conforme divulgou, essa será a primeiro do gênero no Amazonas.

Segundo a empresa, a central é instalada de acordo com normas e padrões estabelecidos pelos órgãos fiscalizadores, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Entre as vantagens está o constante monitoramento da água e do solo para evitar eventuais contaminações, divulgou a empresa.

Outro ponto de destaque, é que o lixo resultante das atividades médico-hospitalares recebe tratamento especial de descontaminação prévia antes do descarte.

Além da questão ambiental e de saúde pública, a central em Iranduba também será uma importante fonte de renda para a comunidade local.

De acordo com a empresa, o empreendimento vai gerar empregos diretos e indiretos desde a coleta dos materiais até a reciclagem e a destinação final.

Estado e município também se beneficiam, com impostos, segundo a Norte Ambiental.

Fonte: BNC Amazonas. 

Últimas Notícias: