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Setor elétrico vive prova de fogo, diz ministro de Minas e Energia

SÃO PAULO – O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, afirmou na noite desta segunda-feira, 12, que o sistema elétrico brasileiro vive “sua prova de fogo”. Ele, no entanto, negou que exista risco de racionamento e se disse confiante nos prognósticos dados pelos técnicos do governo sobre o sistema.

As condições nos reservatórios não foram favoráveis neste ano. Houve recorde de demanda por água e energia por causa do forte calor. Em fevereiro, tivemos recorde histórico de consumo de energia”, afirmou após reunião realizada hoje com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Lobão disse também respeitar técnicos e estudiosos de fora do governo que afirmam que existe a possibilidade de um racionamento para este ano, mas que “ao nosso lado também temos técnicos de igual respeitabilidade e competência que estão dizendo exatamente o contrário.”

Mesmo com as condições adversas enfrentadas pelo sistema elétrico neste ano, Lobão disse que “o sistema não se abalou.”

Cantareira
Lobão afirmou que o sistema elétrico brasileiro recebe investimentos maciços e comparou a situação do setor com os problemas de abastecimento de água em São Paulo. “Só neste ano estaremos investindo cerca de R$ 60 bilhões em geração e transmissão de energia, ao contrário do que acontece no Sistema Cantareira. No meu entendimento, a situação de São Paulo decorre um pouco da falta de investimentos”, afirmou.

Lobão e membros do governo se reuniram hoje com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. O ministro disse que “2001 não se repetirá”, em referência ao racionamento de energia ocorrido há 13 anos.

Não vai ocorrer racionamento simplesmente porque o cenário atual é muito diferente do que tínhamos naquela época, onde havia geração insuficiente e o parque complementar não estava totalmente integrado ao sistema nacional”, disse.

Segundo o ministro, desde 2003, quando o atual modelo para o sistema elétrico brasileiro foi implantado, o sistema “foi expandido em mais de 60% até hoje”. Lobão afirmou que vão ser incorporados entre 6 mil e 8 mil MW em novos projetos de geração de energia elétrica neste ano, o que vai garantir a oferta de energia. Deste total, cerca de 2 mil MW já entraram no sistema, disse o ministro.

Participaram do encontro também todos os representantes do Comitê de Monitoramento do Setor elétrico (CMCE): Márcio Zimmermann, secretário-Executivo do Ministério de Minas e Energia, Romeu Rufino, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Hermes Chipp, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e Luiz Barata, presidente do Conselho de Administração e Superintendente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Fonte: Valor Econômico
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