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Usinas Sustentáveis Resíduos

Usinas sustentáveis viram exemplo para possíveis soluções de resíduos em Criciúma/SC

Usinas Sustentáveis Resíduos

Primeiramente uma comitiva de Criciúma esteve nesta semana nos municípios de Timbó e São Bento do Sul, no Norte de Santa Catarina, para conhecer de perto o funcionamento de duas usinas consideradas modelo no tratamento e valorização de resíduos sólidos.

A visita técnica foi liderada pelo vereador Aldinei João Potelecki, que representou a Câmara de Vereadores, e teve como principal objetivo avaliar alternativas mais modernas, sustentáveis e economicamente viáveis para o destino do lixo coletado diariamente em Criciúma.

Contudo na região do Médio Vale do Itajaí, os representantes visitaram a Central de Valorização de Resíduos do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI), que atende 14 municípios, incluindo Timbó. O consórcio é referência nacional na transformação de resíduos em subprodutos e no aproveitamento quase total do lixo que antes era destinado a aterros sanitários.

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Segundo Potelecki, a visita foi uma oportunidade de entender como essas usinas foram implantadas. Qual modelo de gestão adotam, como operam na prática e, principalmente, se são efetivamente sustentáveis e ambientalmente corretas.

“Santa Catarina pode se orgulhar por ter sido um dos primeiros estados brasileiros a eliminar os lixões a céu aberto e a implementar aterros sanitários. Mas isso já é passado. O futuro está nas usinas que transformam resíduos em energia e outros produtos úteis”, destacou o vereador.

Sem chorume e com impacto social positivo

Então outro aspecto importante apontado pelo vereador é o fato de que o lixo é processado no mesmo dia ou no máximo no dia seguinte à coleta. Mas o que evita a geração de chorume, um dos grandes problemas ambientais de aterros sanitários. Além disso, as usinas contam com cooperativas de catadores, que atuam na triagem dos resíduos recicláveis e ajudam a sustentar dezenas de famílias. Só em Timbó, são 91 cooperados diretamente envolvidos no processo.

“Esse modelo não apenas é ambientalmente correto, mas também tem um importante impacto social, ao incluir e beneficiar cooperativas de catadores. São famílias que vivem da reciclagem e que participam de um sistema organizado e eficiente”, observou.

Atualmente, Criciúma coleta cerca de 150 toneladas de lixo por dia, volume muito semelhante ao da região atendida pelo CIMVI. Que processa aproximadamente 160 toneladas diárias. Segundo Potelecki, isso demonstra que a tecnologia empregada em Timbó e São Bento do Sul é plenamente aplicável à realidade criciumense.

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“Vimos em São Bento do Sul que cerca de 60 toneladas de resíduos são processadas diariamente, e lá eles vendem parte do subproduto, chamado de CDR (Combustível Derivado de Resíduo), para empresas como a Votorantim, que utilizam esse material na queima para produção de cimento”, exemplificou.

Requerimento ao Executivo

Portanto após a visita técnica, o vereador Aldinei Potelecki anunciou que irá apresentar um requerimento ao governo municipal solicitando a elaboração de estudos de viabilidade para implantação de uma usina semelhante em Criciúma. O objetivo, segundo ele, é iniciar o debate sobre um novo modelo de gestão de resíduos sólidos na cidade.

“Queremos que o município possa, nos próximos anos, adotar uma estrutura como essa. Seja com gestão direta ou por meio de concessão, é preciso encontrar formas de transformar o lixo em benefício. Isso, no final das contas, pode resultar até mesmo na redução da taxa de lixo paga pelo cidadão”, disse.

A taxa cobrada hoje embute custos de coleta, transporte e destinação final. Ao eliminar a necessidade de enviar o lixo para aterros, o município pode baratear esse processo. “A economia gerada com a destinação pode ser revertida para o contribuinte, que deixará de pagar para enterrar lixo e poderá ter uma conta mais justa, ao mesmo tempo em que contribuímos com o meio ambiente e geramos emprego”, finalizou Potelecki.

Em suma para Potelecki, o exemplo de Timbó e São Bento do Sul coloca Santa Catarina mais uma vez na vanguarda da gestão ambiental. “O que vimos lá é o futuro. Um modelo sustentável, eficiente, com impacto social e econômico. Criciúma precisa olhar para isso com atenção e começar a construir esse caminho desde já”, concluiu.

Fonte: Engeplus.

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