Plataforma de controle de resíduos, implantada com o apoio técnico da Abetre, passou a ser obrigatória para os resíduos de serviços de saúde em janeiro deste ano.
Para Carlos Fernandes, presidente da Abetre, os dados refletem claramente a necessidade de se criar sistemas de receita vinculada para a gestão correta dos resíduos urbanos no Brasil
Trata-se de uma medida fundamental para o avanço dos sistemas de reaproveitamento de resíduos urbanos no estado
A erradicação dos lixões é mais uma questão econômica do que meramente ambiental. Como a limpeza pública é o serviço que mais pesa no orçamento municipal, ficando atrás apenas do custo com a folha de pagamento, é necessário que a gestão municipal adote medidas que contemplem a sustentabilidade econômico-financeira da prestação contínua desses serviços essenciais.
As novas regras para elaboração de estudos de viabilidade técnica e econômico-financeira para os serviços de saneamento ambiental, instituída no fim de 2016 pelo Ministério das Cidades, são um grande avanço para o setor e devem estimular o aprimoramento na gestão de resíduos e efluentes no País.
Duas empresas mineiras que atuam na área se integram ao quadro da entidade e assumem a bandeira de erradicar os lixões na região.
De acordo com o levantamento, o Brasil produz 33 milhões toneladas de resíduos industrias ao ano e, deste montante, 25 milhões de toneladas não são tratadas adequadamente, o que não permite a rastreabilidade.
O estoque de passivos ambientais a partir de resíduos industriais no Brasil é da ordem de 58 milhões de toneladas.
Segundo o presidente da Abetre, dos cinco mil municípios brasileiros, cerca de 3,3 mil utilizam lixões e locais inadequados para dispor seus resíduos, o que fere diretamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
