Até quando vale ressuscitar e esgotar volumes mortos em SP?
Especialistas veem com ressalvas ideia do governo de usar a reserva técnica do Alto Tietê e defendem racionamento para evitar colapso do sistema
Especialistas veem com ressalvas ideia do governo de usar a reserva técnica do Alto Tietê e defendem racionamento para evitar colapso do sistema
A seca prolongada deste ano, que atinge cidades de São Paulo e Minas Gerais, espalha com ela problemas como o deficit do abastecimento de água, o aumento dos preços na agricultura, e a falta de desenvolvimento de peixes, além da economia de municípios que exploram de forma turística rios, represas e cachoeiras.
O Rio Paraibuna, responsável por 61% dos reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul, registrou a maior baixa dos últimos 10 anos, atingindo 18% de sua capacidade anteontem. O pior cenário foi registrado em 2003, quando chegou a 13%.
Blitze em indústrias e fazendas já resultou em 12 multas e 170 advertências por retirada de água sem autorização e com volume superior ao permitido.
Em áreas que sofrem com escassez de recursos hídricos, cada gota emerge como novo alvo bélico, que vitima principalmente inocentes. Síria não é exceção.
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo conta apenas com o volume morto do sistema, a chamada reserva técnica.
A Agespisa começou a retirar na quarta-feira (9) as ligações clandestinas que furtavam água da adutora do Poço Marruás, no Sul do Piauí. Mais de 20 "gatos" foram encontrados e os responsáveis serão acionados na Justiça. De acordo com a Agespisa, as ligações irregulares estava prejudicando o abastecimento em Jacobina, Patos e principalmente em Curral Novo, Caridade e Simões, onde moradores estavam recebendo água somente à noite.
O levantamento da Fiesp/Ciesp revela que grandes, médias e micro empresas paulistas estão preocupadas com a possibilidade de ser realizado um racionamento de água este ano. A pesquisa consultou 413 indústrias do Estado de São Paulo e revelou que 75% das grandes empresas entrevistadas são as mais preocupadas com um eventual racionamento.
O prefeito ACM Neto anunciou no início de junho que a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal) fará a regulação e fiscalização do sistema de abastecimento de água e esgoto da cidade, atuando de maneira independente e regulamentando ações da Embasa.
BRASÍLIA – A Agência Nacional de Águas (ANA) prorrogou para 31 de outubro de 2015 o prazo de vigência da outorga de direito de uso de recursos hídricos do Sistema Cantareira para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira.