Biomassa de cana-de-açucar é tema de estudo
Palha que sobra do processo da cana de açúcar é estudada para favorecer setor Sucroenergético brasileiro
Palha que sobra do processo da cana de açúcar é estudada para favorecer setor Sucroenergético brasileiro
As usinas térmicas movidas à biomassa alcançaram 11 mil megawatts (MW) de capacidade instalada em 2015, alta de 6% em relação a 2014. Os dados são do boletim InfoMercado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) diz que o volume de bioeletricidade oferecida ao sistema nacional pode aumentar em até oito vezes até 2024, tendo por base 2014, se o governo promover leilões de energia voltados à biomassa com preços mais competitivos.
Os contratos firmados no leilão devem contemplar energia elétrica de fonte termelétrica, inclusive biomassa, na modalidade por disponibilidade, com término de suprimento em 31 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2020.
O estudo, contendo licenças, projetos ambientais e outorgas deve ser entregue até o próximo mês, para que a Copel possa inscrevê-lo em leilões da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2016. A usina terá capacidade para gerar até 50 megawatts de energia, o suficiente para atender uma população de 90 mil pessoas.
A borra de café sempre inspirou a criatividade humana. Popularmente, já foi usada para espantar formigas, eliminar odores de geladeiras e adubar plantas. Em Araras (SP), na fábrica da Nestlé, esse material orgânico ganhou uma nova utilidade: é reaproveitado como biomassa para geração de vapor que impulsionará a linha de produção. Atualmente, 25% da energia consumida na fábrica é oriunda desse processo. Segundo a empresa, a medida também evita a emissão de 20,6 mil toneladas por ano de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
A queima de matéria orgânica (resíduos de cana-de-açúcar, casca de arroz, cavacos de madeira etc.) para a produção de energia elétrica é uma prática cada vez mais empregada no País. Conforme estudo realizado pelo Grupo Safira Energia, a capacidade instalada das usinas de biomassa no Brasil cresceu 21% em 2013, em relação ao ano anterior, passando de 7.342 MW para 8.870 MW (volume de energia que corresponde a mais que o dobro da demanda média do Rio Grande do Sul).