Transposição do Paraíba do Sul vai zerar risco no Cantareira, diz Sabesp
O risco será praticamente nulo (0,4%) após a conclusão da obra de transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul
O risco será praticamente nulo (0,4%) após a conclusão da obra de transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul
A pluviometria do dia ficou em 0 mm e o acumulado do mês está em 65,5 mm. A média histórica de chuva para outubro é de 115 mm. Após uma semana com tempo muito seco, choveu 22,7 mm entre quarta (21) e sexta-feira. A maior chuva de outubro foi registrada no dia 1º, quando a pluviometria ficou em 24 mm. No dia 3, a pluviometria foi de 13,8 mm. Já nesta sexta-feira, a chuva ficou em 12,5 mm.
O sistema ainda opera no volume morto. O volume acumulado é de 79 milímetros.
A Sabesp recebeu a primeira autorização de uso do Sistema Cantareira por 30 anos em 1974.
Depois de dois dias de estabilidade, o volume armazenado do Sistema Alto Tietê registra queda. Neste domingo (27), o volume está em 14,9% diferente dos 15% que se manteve na sexta-feira (25) e no sábado (26). A pluviometria no domingo está em 3,2 mm e a acumulada no mês está em 155,4 mm. A média histórica do mês é de 81,8 mm. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Na mesma data, no ano passado, o índice dos reservatórios era de 12,3% e a pluviometria acumulada era de 102,4 mm.
O Cantareira está sem receber chuvas desde o dia 14 e voltou a perder volume, passando de 16,4% para 16,3%.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta terça, ele era de 12,8%. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil, e era de -12,8% nesta manhã.
O principal motivo para o aumento de amostras fora do padrão, segundo o programa municipal, foi o remanejamento de água de diferentes regiões para compensar a queda nos reservatórios. A operação misturou água de vários sistemas de abastecimento. “A falta d’água e a despressurizarão também podem comprometer a qualidade, tornando a rede mais vulnerável à contaminação externa”, explica Cleuber José de Carvalho, responsável pelos trabalhos de coleta e análise que têm como objetivo detectar situações de risco à saúde.
O aumento mais expressivo foi no Sistema Guarapiranga, que pulou de 66,5% da capacidade para 67,2%. No Sistema Alto Tietê, que vive estado crítico e que tinha quedas de nível há 40 dias, a elevação foi de 13% para 13,1%.
Diante desse cenário e caso os reservatórios se esgotem, a redução mais severa do abastecimento de água se torna urgente, na opinião do professor de Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Décio Semensatto. Para ele, a situação poderia ter sido evitada com a adoção de medidas estruturais.