O domingo (25) é mais um dia de queda no armazenamento do Sistema Alto Tietê. Segundo os dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume está em 13,7%. Na sexta-feira (23), o índice era de 13,9% e no sábado (24) passou para 13,8%.
A pluviometria do dia ficou em 0 mm e o acumulado do mês está em 65,5 mm. A média histórica de chuva para outubro é de 115 mm. Após uma semana com tempo muito seco, choveu 22,7 mm entre quarta (21) e sexta-feira. A maior chuva de outubro foi registrada no dia 1º, quando a pluviometria ficou em 24 mm. No dia 3, a pluviometria foi de 13,8 mm. Já nesta sexta-feira, a chuva ficou em 12,5 mm.
Na mesma data de 2014, o sistema operava com volume armazenado de 7,8% e a pluviometria acumulada era de 18,8 mm.
Ligação com a Billings
No dia 20 de outubro, a Sabesp informou que a obra de interligação entre os sistemas Rio Grande e Alto Tietê, principal intervenção contra a crise hídrica, sofreu um embargo no dia 8 de outubro, pouco mais de uma semana após sua inauguração. A Secretaria de Meio Ambiente de Ribeirão Pires disse que ruas do bairro de Ouro Fino ficaram alagadas após o início do bombeamento.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e a Prefeitura de Ribeirão Pires se reuniram e foi acordado que o bombeamento, que vai até 4m³/s, teria que ficar limitado a 1m³/s. Com isso, o desembargo foi realizado um dia depois, dia 9, e a empresa pôde atuar em “operação assistida”, com monitoramento da prefeitura de Ribeirão Pires e do DAEE.
Chuva em 2015
Em setembro choveu o dobro do esperado para o mês no Alto Tietê. Segundo a Sabesp, a pluviometria acumulada foi de 170,2 mm, 108% superior à média histórica. Após 40 dias em queda, o índice dos reservatórios voltou a subir no dia 8. A média histórica foi superada no dia 9 de setembro, quando, em apenas um dia, choveu 57,3 mm. Esta foi a maior chuva do ano.
As chuvas de agosto foram 49% menores do que o esperado. A pluviometria acumulada ficou em 18,6 mm, quando a média histórica é de 36,7 mm.
Julho chegou ao fim com uma pluviometria 16,6% maior do que a média histórica para o mês, segundo os dados da Sabesp. A pluviometria foi de 57,4 mm e a média histórica para o mês era de 49,2 mm.
Em junho choveu menos do que a média histórica. A pluviometria acumulada no mês foi 31,1% menor do que a média histórica, que é de 55,5 mm. Já entre fevereiro e maio choveu mais do que a média histórica. Antes de junho, o índice foi inferior à média apenas em janeiro, quando a pluviometria foi 58,7% menor do que a média histórica.
Situação crítica no Alto Tietê
No dia 18 de agosto, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) publicou uma portaria em que classifica como crítica a situação hidríca na Bacia do Alto Tietê. Segundo as informações do Diário Oficial, com a medida, ações deverão ser adotadas para assegurar a disponibilidade hídrica. Segundo o Ministério Público, admitir o estado crítico abre a possibilidade para adoção de rodízio. Já o governador Geraldo Alckmin informou que tratou-se apenas de uma “resolução burocrática normal”. No dia 21 de agosto, o DAEE informou que “não pretende cessar atos declaratórios e outorgas já emitidas para os produtores rurais”.
Desde dezembro de 2013, a água da região é utilizada para abastecer parte dos moradores antes atendidos pelo Cantareira em bairros como Penha, Cangaíba, Vila Formosa, Vila Maria e parte da Mooca.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a população atendida pelo sistema saltou de 3,8 milhões de pessoas para 5 milhões. Um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira, em dezembro de 2014, o sistema chegou a operar com apenas 4,2% da capacidade. O volume das represas aumentou do início do ano até maio, quando atingiu o pico de 2015 de 23,3% no dia 14. Desde então tem sofrido sucessivas quedas.