SP: Após R$ 3 bi gastos, Tietê é rio mais sujo do país
Se estivesse despoluído, curso d'água poderia salvar SP da crise hídrica
Se estivesse despoluído, curso d'água poderia salvar SP da crise hídrica
Imagine se o rio Pinheiros, em São Paulo, ou o Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, fossem transformados em piscinas públicas.
Até abril de 2014, o Governo do Estado, por meio do Daee, investiu R$ 358,9 milhões nas obras
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) deu um prazo de 30 dias para o Serviço de Águas e Esgotos de Mogi das Cruzes (Semae) implantar um sistema de coleta e transporte para todo o esgoto urbano do município lançado nos afluentes do Rio Tietê. Além disso, o Semae deve providenciar o tratamento dos resíduos. A decisão foi tomada por causa do lançamento de esgoto na nascente do córrego afluente do Ribeirão Oropó, no Parque Residencial Morumbi. O Semae foi informado das sanções na segunda-feira (28) e informou que vai recorrer.
Desde os anos 20, há relatos de debates sobre lançamentos de resíduos no Rio Tietê. Hoje o rio é fruto de um descaso histórico, mas não cabe mais lamentar. As manifestações populares sequer tangenciaram o tema ambiental, muito menos a situação dos rios, mas ainda está em tempo do cidadão fazer a sua parte, sendo mais consciente quanto ao destino de seus resíduos e fazendo pressão nas autoridades.
Um acordo inédito de cooperação internacional assinado entre os governos do Estado de São Paulo e a França vai renovar a esperança dos paulistanos de ver despoluído o Rio Tietê, utilizando a mesma tecnologia aplicada em Paris no Rio Sena.