Tribunal propõe estabilidade e mantém proibição de greve da Sabesp
Sindicatos de trabalhadores ameaçam paralisação após corte de pessoal. Sindicatos poderão impugnar demissões consideradas indevidas.
Sindicatos de trabalhadores ameaçam paralisação após corte de pessoal. Sindicatos poderão impugnar demissões consideradas indevidas.
Hoje, apenas cinco cidades da Grande São Paulo compram água da Sabesp e fazem a distribuição à população por autarquias próprias de saneamento. A lista inclui Mogi das Cruzes e São Caetano, que estão as contas em dia. As demais cidades, como a capital, são atendidas diretamente pela estatal.
O pagamento da dívida ocorre em momento que a empresa enfrenta a pior crise hídrica da história de São Paulo. Segundo fontes citadas pelo jornal, a queda de receita em 2014 deve ultrapassar R$ 1 bilhão. O balanço anual será divulgado no próximo dia 26.
O valor do atual acordo é de R$ 1.012.310.095,16, sendo R$ 696.283.465,49, referentes ao valor principal ("Valor Principal") e R$ 316.026.629,67 referentes à correção monetária do principal até fevereiro de 2015.
Atualmente, regras só podem ser reavaliadas após fim do prazo de acordo. Vicente Andreu não descartou segunda prorrogação de licença à Sabesp.
Do valor atual do acordo, R$ 696,283 milhões se referem ao valor principal e R$ 316,026 milhões à correção monetária do principal até fevereiro de 2015. O valor principal será pago em 180 parcelas, sendo que as 24 primeiras serão quitadas mediante a transferência imediata de 2,221 milhões de ações preferenciais da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), no valor total de R$ 87,174 milhões, com base no preço de fechamento das ações ontem (17).
O volume total armazenável no sistema é de 1.269,5 milhões de m³ de água: 982 milhões de m³ do volume útil, somados aos dois volumes mortos, respectivamente 182,5 milhões e 105 milhões de m³.
Em nota, a Sabesp informou que cumpre todas as determinações da Justiça e que está analisando a decisão para irá tomar as medidas que o caso comporta. A empresa também defendeu que a determinação divulgada nesta terça-feira ainda não se trata de decisão final sobre o processo.
O projeto de construir uma usina de dessalinização da água do mar no litoral paulista, que era visto como alternativa de longo prazo para a crise hídrica, não deve seguir adiante devido ao alto custo.
Segundo os trabalhadores, em todo o Estado já foram demitidos 399 funcionários, outros 160 teriam demissão agendada até abril. Desse universo, 80% trabalham na área operacional da Sabesp, que têm ligação direta com as operações e manobras que impactam a população.