Captação de água do Cantareira será reduzida em setembro
Medida deve deixar sistema estável até fim do ano, mas com volume morto. Novos limites de retirada de água foram definidos em SP nesta segunda.
Medida deve deixar sistema estável até fim do ano, mas com volume morto. Novos limites de retirada de água foram definidos em SP nesta segunda.
Os dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) mostram que, em maio, houve elevação apenas nos últimos dois dias, sendo 0,1 ponto percentual em cada dia. No restante deste mês, o nível ficou entre a estabilidade e a queda.
Precipitação registrada no mês é 38,7% do esperado. Demais sistemas que abastecem a Grande SP também tiveram alta.
Governador afirmou que nível do Cantareira garante abastecimento na seca. Nível do sistema teve a terceira queda no mês de maio, e foi para 19,6%.
Com o bombeamento, as regiões que hoje recebem água do Cantareira serão atendidas pelo Alto Tietê, que também está em situação crítica, registrando volume de 22,4 % da capacidade. O Rio Grande, por sua vez, atua com 95,1%. Além do município da região, diversos bairros da Zona Leste da Capital serão beneficiados pela obra, totalizando 1,5 milhão de pessoas.
Se for utilizada a nova metodologia de medição da companhia, que leva em conta a utilização da reserva técnica (água que fica abaixo das comportas), o nível do Cantareira também ficou estável, em 15,3%. O déficit em relação ao volume útil (água que fica acima das comportas) ficou em 9,5%.
Considerando o volume útil, o reservatório está com 20,1% de sua capacidade há seis dias
"Poderemos atingir um total armazenado em torno de 420 bilhões de litros, ao fim de abril, 65 bilhões de litros abaixo do 'zero' do volume útil por gravidade", afirmou o superintendente do DAEE, Ricardo Borsari, em ofício encaminhado ao presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, no dia 20 deste mês.
Desde o dia 16 de março, os dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), passaram a considerar, também, a quantidade armazenada em relação a capacidade total, incluindo a disponibilidade da primeira cota do volume morto – água que fica abaixo das comportas – e de onde ainda é feita a retirada para o abastecimento de 5,6 milhões de pessoas. Por essa metodologia, o nível passou de 14,5% para 14,6% com um total de 185,6 bilhões de litros de água.
José R. Kachel diz que volume morto já é usado no reservatório de Biritiba. Sabesp nega utilização de reserva e estuda usar volume do Ponte Nova.