Sistema Cantareira evita falta de água em Campinas
A liberação emergencial de mais água do Sistema Cantareira para o interior evitou que Campinas - com mais de 1 milhão de habitantes - tivesse de entrar em racionamento a partir desta semana.
A liberação emergencial de mais água do Sistema Cantareira para o interior evitou que Campinas - com mais de 1 milhão de habitantes - tivesse de entrar em racionamento a partir desta semana.
O volume de água do Sistema Cantareira recuou 0,2% nesta sexta-feira (5) e chegou aos 24,2%, segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Um ano atrás exatamente, o volume do Cantareira era de 58,9%.
A Rede Nossa São Paulo, o Programa Cidades Sustentáveis, o Instituto Ethos e o Instituto Socioambiental (ISA) divulgaram nesta terça-feira um manifesto pedindo maior transparência na discussão sobre o abastecimento de água da capital paulista e região metropolitana de São Paulo. O documento foi divulgado durante um debate sobre a crise do Sistema Cantareira, que abordou os desafios e possíveis soluções para o problema do baixo nível de água nos reservatórios.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), por meio de comunicado do grupo técnico que acompanha a crise no Cantareira, informou que a água dos reservatórios do Sistema pode acabar no dia 27 de outubro.
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Apesar das chuvas que atingiram a Grande São Paulo no fim de semana, a reserva de água no Sistema Cantareira, que abastece cerca de oito milhões de pessoas na região, caiu 0,1% nesta segunda-feira, 26. Com isso, o volume acumulado de água chegou a 25,5% da capacidade total.
A crise da água na região metropolitana pode deixar as medições nos reservatórios que compõem o sistema Cantareira e chegar ao Tribunal de Justiça. Anunciada em abril pelo secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, a multa para quem elevar o consumo na região metropolitana ainda não entrou em vigor, mas já é alvo do MP (Ministério Público).