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Cantareira/SP inicia recuperação com as chuvas, mas ainda está em alerta

  • Abastecimento de Água
  • janeiro 19, 2022

Imagem Ilustrativa

Janeiro começou com muita chuva em São Paulo e os temporais se estenderam ao longo dos primeiros dias do ano. O sistema Cantareira, o maior produtor de águas na região metropolitana, terminou 2021 com 24,9% da capacidade, na chamada fase de restrição, mas tem se recuperado e pode subir para a fase de alerta. Hoje ele está com 29,9% de armazenamento. A situação traz um pouco mais de conforto, mas, ainda assim, requer atenção, de acordo com especialistas.

Precipitação de janeiro ajudou no aumento da reserva de água, mas nível ainda está abaixo do ideal para o período

Segundo o boletim da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) desta terça-feira (18), já choveu no sistema neste mês 145,3 milímetros. A média histórica para janeiro é de 263,7 mm.

sabesp

Mas quando comparamos com o dia 1º de janeiro de 2014, durante a crise hídrica, percebemos que a situação do Cantareira era bastante similar à de hoje, com 27,2% da capacidade de reservação. Em meados de janeiro de 2021, o manancial tinha 40,1% de armazenamento, índice bem maior do que o atual.

Em 11 de julho de 2014, o reservatório chegou ao nível zero e foi preciso explorar o volume morto, aquele abaixo do nível operacional e também chamado de reserva técnica, que só pode ser utilizado com bombeamento.

Para Pedro Luiz Côrtes, professor de pós-graduação em ciência ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da USP, a situação no Cantareira está crítica e não é de hoje. “Ele está ruim nos últimos 11 anos, com chuvas abaixo da média histórica. A exceção foi um só ano e isso é preocupante. Diminuímos a dependência desse sistema, mas ele ainda é o principal de São Paulo”.

Já o professor de recursos hídricos e saneamento do Mackenzie e da FESP, Antônio Eduardo Giansante, é mais otimista e acredita que hoje a situação é mais confortável do que em 2013. “O Cantareira está se recuperando, mas há uma tendência à inércia. Se a tendência de chuvas permanecer, o sistema vai se recuperar. Essa tendência de melhora nos deixa mais tranquilos, mas dependemos de chuvas e as previsões meteorológicas não são exatas”, diz.

Segundo ele, o sistema está atualmente “mais forte e resiliente” a uma eventual estiagem. A segurança hídrica vem também do fato de os sistemas estarem interligados, o que permite a transferência de água entre reservatórios.

“Os outros mananciais estão com níveis melhores. É preciso repor a reserva de água no solo, encharcar primeiro antes de começar a armazenar. A vantagem é que os regimes de chuva são diferentes nos mananciais. Chove menos no Cantareira, mas chove na Serra do Mar. Temos vantagens, mas não podemos relaxar”, exemplifica Giansante.

Nesta terça, o sistema Rio Grande tem 98,3% do volume de armazenamento, São Lourenço, (90%), Guarapiranga (73%), Cotia (56,8%), Alto Tietê (48,5%) e Rio Claro (44,5%). Juntos, os sete sistemas totalizam 46,1% da capacidade de reservação de água.

A Sabesp tem uma escala para medir o volume útil dos reservatórios. O manancial apresenta estado normal quando o volume é igual ou superior a 60%; estado de atenção com o volume igual ou superior a 40% e inferior a 60%; em alerta, superior a 30% e inferior a 40%; e em restrição, superior a 20% e inferior a 30%. A medição de referência é a do último dia do mês.

Cenários Cemaden

De acordo com projeções do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), considerando um cenário hipotético de chuvas na média histórica de outubro de 2021 a abril de 2022, a média de vazão no Cantareira poderá ser em torno de 81% da média no período e o armazenamento no sistema, no final de abril, poderá chegar a 48%.

De acordo com o boletim, a média de vazão no Cantareira de abril a setembro passado foi 11 m³/s, apenas 36% da média histórica para a estação seca, que é de 30 m³/s. A estiagem terminou com um déficit de vazão de 64% em relação à média histórica.

No mesmo período, a média de vazão de extração dos reservatórios foi de 31 m³/s e a média para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo atingiu 21 m³/s, o que representa o menor valor para o período seco desde a crise hídrica de 2014.

“A quantidade de água hoje armazenada é igual ao início da crise em 2014. As mudanças climáticas estão se impondo de maneira muito intensa. Isto afeta o abastecimento e a geração de energia elétrica. No passado, o Brasil tinha água de sobra, precisamos agora repensar o abastecimento nas próximas décadas para não ficarmos tão dependentes das chuvas”, ressalta Pedro Luiz Côrtes.

Segundo o Cemaden, em abril, se levarmos em consideração chuvas dentro da média histórica e a interligação com o rio Paraíba do Sul, o Cantareira deverá voltar à faixa de operação de atenção, com armazenamento entre 40% e 60% da capacidade.

No entanto, considerando o cenário de precipitação 25% e 50% abaixo da média, o reservatório estaria, respectivamente, ao final de abril, na faixa de restrição (com 20 a 30% da capacidade) ou até na faixa especial, com armazenamento entre 0% e 20%.

“As chuvas de verão devem dar uma trégua e ficar abaixo da média, então a recuperação do Cantareira não vai se manter na atual velocidade. O sistema demorou a começar a subir, então é como se estivéssemos contando moedas. Entramos o ano com os sistemas em níveis baixos e a estiagem deve se prolongar no segundo semestre”, revela o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP.

Ele complementa: “A gente vai ter subida de nível dos mananciais. O problema é que depois entramos na estiagem com uma recuperação pequena do Cantareira, não vai ser vigorosa. Chegaremos na estiagem numa situação pouco confortável, em torno de 30 a 35%, mas o consumo médio varia de 20 a 30% no período. Assim a gente chegaria no fim do ano com 15%, então o contexto climático não é favorável, embora as chuvas deem a sensação de que a situação está se regularizando”.

Um outro problema é a má distribuição das chuvas, algumas regiões com muita e outras com seca. O ideal para os mananciais é que os temporais sejam constantes para encharcar o solo e, assim, começar a reter a água nos reservatórios.

O professor Pedro Luiz Côrtes lembra ainda que o fenônemo La Niña atua sobre o país e consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico, o que provoca mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura. Com isso, reduz-se a quantidade de chuvas na região metropolitana de São Paulo.

“Para São Paulo, qualquer época do ano é sempre um desafio para o abastecimento de água por causa do tamanho da população. São 22 milhões de habitantes. Estamos em uma região de nascentes, existe água, mas, em face dessa população enorme, fomos obrigados a buscar água cada vez mais distante”, explica Antônio Giansante.

Medidas para segurança hídrica

Para assegurar a segurança hídrica, é preciso preservar as áreas onde ficam os mananciais, combater o desmatamento, recuperar a vegetação do entorno dos reservatórios, investir no reúso da água e dessalinização, além de reduzir as perdas na distribuição.

Desde a última crise hídrica, a população tem economizado água, em média, de 10 a 12%.

“No Brasil o m³ da água varia de R$ 2 a 2,50. Em outros países, a água reciclada é 2 a 3 vezes mais cara. É preciso investir mais em tecnologia, pensar a médio prazo em reúso como alternativa. No esgoto, 99% é água. São sempre alternativas grandes e complexas, mas é preciso porque chove cada vez menos no Cantareira ao longo dos anos”, explica Giansante.

Pedro Luiz Côrtes, no entanto, não acredita que seja necessário o uso de volume morto ainda neste ano. Ele defende que a redução de pressão já é uma forma de racionamento: “Ela já está ocorrendo com a redução no período noturno e as pessoas acabam ficando sem água. A Sabesp assume isso para reduzir as perdas e não atrela à crise hídrica. Também não acredito que tenha racionamento em ano eleitoral porque tem o ônus político”.

Antônio Giansante concorda: “Ano eleitoral é mais improvável que tenha racionamento, mas não se deve escamotear, por isso temos os técnicos. O saneamento precisa ser discutido também nas eleições, mas o assunto está em 9º lugar porque a população se acostumou a viver com esgotos”.

Sabesp

Em nota, a Sabesp informou que não há risco de desabastecimento neste momento na região metropolitana de São Paulo, mas reforçou a necessidade do uso consciente da água. Segundo a companhia, as projeções são de aumento no nível dos reservatórios em janeiro e fevereiro, meses com maiores médias históricas de chuvas.

“Desde a crise hídrica, os investimentos da companhia tornaram mais robusto e flexível o Sistema Integrado (sendo possível abastecer áreas diferentes com mais de um sistema), entre eles o São Lourenço, com investimentos de R$ 2,21 bilhões, e a interligação da bacia do Paraíba do Sul com o Cantareira por R$ 555 milhões”, escreveu em comunicado.

Já a obra de interligação do rio Itapanhaú, de R$ 111,5 milhões, ainda está em andamento. A operação deve ter início no primeiro semestre.

Para garantir a segurança hídrica, a empresa disse adotar um conjunto de medidas, entre elas a integração dos sistemas (com transferências de água entre regiões), ampliação da infraestrutura e gestão da pressão noturna para redução de perdas na rede, além de campanhas pelo uso consciente da água.

Fonte: R7.

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