saneamento basico

Análise espacial das áreas de inundações em Montes Claros/MG,assinaladas pelo plano municipal de saneamento básico de 2015

Resumo

Nos métodos de análise de vulnerabilidade, a Cartografia de Risco assume papel fundamental. Os sistemas de informações geográficas -SIGs são imprescindíveis, pois possibilitam as mais diferentes tarefas de planejamento, permitindo o trabalho com grande volume de dados em diferentes escalas. Esta análise permite relacionar diferentes informações em um determinado contexto espacial, e traçar relações, em um curto espaço de tempo, a exemplo do entendimento dos processos decorrentes da dinâmica hidrológica e da formação sócio espacial das áreas suscetíveis a inundações. O objetivo deste estudo é compreender o espaço do ponto de vista da ocupação urbana nas áreas mais suscetíveis a inundações, conforme o modelo elaborado por Leite e Rocha(2016),especificamente nos pontos mapeados pelo Plano Municipal de Saneamento Básico de Montes Claros/MG -PMSBMC (2015). Para isso, foram utilizados os seguintes dados: áreas de alagamento no perímetro urbano da cidade, delimitado pelo estudo técnico (PMSBMC 2015); modelo de suscetibilidade a inundação no perímetro urbano de Montes Claros,elaborado por Leite e Rocha(2016); e por último, intercalou-se esses dados aos setores censitários do IBGE 2010(número de residências e renda domiciliar). Os resultados obtidos permitiram identificar a população mais suscetível às inundações e as áreas de maior vulnerabilidade social.

Introdução

Um dos principais problemas ambientais nas cidades brasileiras é a ocorrência de inundação, aos quais, dadas as características da urbanização em países subdesenvolvidos, adquirem o caráter de risco hidrológico ou hidrometeorológico.As inundações e enchentes são eventos naturais que ocorrem com periodicidade nos cursos d’água, frequentemente resultante de chuvas fortes e rápidas ou chuvas de longa duração. As suas consequências podem ser agravadas quando a população ocupa áreas suscetíveis e com alto perigo de recorrência. Neste contexto, as geotecnologias são uma das muitas alternativas para o mapeamento do potencial de ocorrência de eventos perigosos relacionados com o ambiente e a interferência antrópica. Munidos de informações cartográficas é possível, por parte dos gestores públicos,planejar e executar ações de ordenamento do território ou mesmo a gestão de impactos,com isso, espera-se evitar a perda material e, em casos mais graves,de vidas humanas.Montes Claros, no contexto de cidade média,apresenta um significativo processo de urbanização que tem gerado cada vez mais problemas de ordenamento territorial. Neste contexto, as inundações figuram como processos singulares nessa dinâmica. O planejamento inadequado, aliado a ação do mercado imobiliário que conduz a ocupação do solo urbano, dentre outros fatores,tem contribuído para o quadro atual.Portanto,este artigo se a poiou no Plano Municipal de Saneamento Básico de Montes Claros/MG -PMSBMC que foi publicado em 2015, no qual consta um estudo técnico que delimitou os pontos de alagamento no perímetro urbano da cidade. Também, no trabalho de Leite e Rocha (2016), que traçou um modelo para delimitar as áreas suscetíveis a inundação no perímetro urbano de Montes Claros.E,por último, nos setores censitário do IBGE 2010, elaborados para o perímetro urbano da cidade.

Assim, o objetivo principal deste artigo foi compreender o espaço do ponto de vista de ocupação urbana nas áreas mais suscetíveis a inundação, conforme o modelo elaborado por Leite e Rocha (2016), especificamente nos pontos mapeados pelo PMSBMC (2015). Notadamente, buscou-se considerar a área de interesse em termos quantitativos, levando em consideração o número de edificações construídas e área correspondente a renda domiciliar do censo IBGE 2010. Através disso, foi possível responder as perguntas sobre o processo de ocupação dessas áreas, tais como: qual área de interesse da pesquisa possui maior ou menor densidade residencial? Qual área possui maior ou menor número de residências? E qual a extensão das áreas de interesse correspondente a renda domiciliar? Diante das respostas dessas perguntas, procura-se compreender a espacialidade urbana nas áreas mais suscetíveis à inundação,apontados pelo PMSBMC.

Os Sistemas de Informação Geográfica -SIGs foi a aplicação básica que permitiu a manipulação de uma base cartográfica georreferenciada, passível de ser manipulada por várias entidades e instituições que gerem o território. Aqui, neste artigo, se recorrerá a este tipo de ferramenta de trabalho para a análise da espacialidade urbana do território, mais precisamente a análise das áreas sob maior suscetibilidade à inundação na cidade de Montes Claros, Norte de Minas Gerais.Espera-se que este estudo possa subsidiar algumas ações governamentais no tocante ao ordenamento territorial nas áreas suscetíveis a inundação que serão analisadas, já que,será compreendido alguns aspectos populacionais em termos de área ocupada, mesmo que exista algumas discrepâncias apresentadas no trabalho realizado pelo PMSBMC.

Autores: Francielle Gonçalves Silva; Marcos Esdras Leite e Maykon Fredson Freitas Ferreira.

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