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Tratamento Efluentes Frigorífico Suíno

Eficiência de coagulantes orgânicos e hidroxiapatita no tratamento de efluentes de frigorífico de suínos

Tratamento Efluentes Frigorífico Suíno

Resumo:

A carne suína é amplamente consumida na culinária mundial, o que impulsiona sua produção em larga escala.

Contudo, os frigoríficos de suínos geram grandes volumes de efluentes com altas concentrações de matéria orgânica, demanda química de oxigênio (DQO), turbidez, cor aparente, nitrogênio, cobre e zinco, agentes poluentes que exigem tratamento antes do descarte em corpos hídricos.

O tratamento físico-químico, com o uso de coagulantes, é uma metodologia convencional eficaz na remoção desses poluentes. Coagulantes inorgânicos são amplamente utilizados, mas os orgânicos, como a casca de coco verde, as sementes de Moringa oleifera e o tanino (Tanfloc), têm ganhado destaque devido à biodegradabilidade do lodo gerado e à menor produção de resíduos metálicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência desses coagulantes na remoção de poluentes de efluentes de frigoríficos de suínos e investigar o uso do coco verde combinado com outros coagulantes para a remoção de nitrogênio.

Adicionalmente, foi avaliada a remoção de metais pesados com hidroxiapatita sintética e derivada de espinhas de peixe. Na Etapa 1, os coagulantes apresentaram remoções de nitrogênio abaixo de 10%, com o sulfato de alumínio aumentando a concentração de nitrogênio. Para turbidez, todos os coagulantes removeram acima de 80%, com o sulfato de alumínio alcançando 87%. A remoção de cor foi superior a 79%, com o sulfato de alumínio alcançando 84,76%. Para a DQO, os coagulantes orgânicos se destacaram, com o tanino removendo 59,47%.

Tratamento Efluentes Frigorífico Suíno

Na Etapa 2, com a adição de coco verde, apenas o coco verde e o Tanfloc + coco verde conseguiram remover 8% do nitrogênio. Para turbidez e cor aparente, as remoções foram superiores a 80% e 76%, respectivamente. A remoção de DQO superou 44%, mas a eficiência do coco verde foi variável, prejudicando o desempenho de outros coagulantes em alguns casos. Na Etapa 3, a hidroxiapatita sintética foi ligeiramente superior à derivada de espinha de peixe, mas a remoção de cobre e zinco ficou abaixo de 10%.

Conclui-se que o uso de coagulantes orgânicos é promissor para o tratamento de efluentes de frigoríficos de suínos, mas a combinação com coco verde necessita de ajustes para otimizar a remoção de nitrogênio, e a hidroxiapatita mostrou-se limitada na remoção de metais pesados, necessitando da continuidade deste estudo.

Autores: Edilaine Regina Pereira.

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